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As imagens que venceram o World Press Photo

A grande vencedora, com o título de Foto de Imprensa do Ano, foi uma das imagens de Amber Bracken, tirada nos terrenos da Escola Residencial Kamloops, em British Columbia, no Canadá: uma fila de vestidos vermelhos pendurados em cruzes de madeira, ao longo de uma estrada, homenageiam crianças que morreram na instituição, criada no séc. XIX para assimilar crianças indígenas. Em maio de 2021, uma investigação recorreu a um radar de penetração no solo e identificou até 215 possíveis corpos de crianças enterrados nos terrenos da escola, confirmando relatos de histórias orais sobre crianças desaparecidas e valas não identificadas.

Na categoria Reportagem Fotográfica o prémio global foi para Matthew Abbott, pelo trabalho que fez para a National Geographic sobre as queimadas “frias” usadas pelo povo Nawarddeken para limpar os terrenos e assim evitar incêndios florestais em West Arnhem Land, na Austrália.

Na categoria Projetos de Longo Prazo o primeiro prémio foi para o trabalho de Lalo de Almeida para a Folha de São Paulo sobre o ritmo a que decorre a devastação da floresta amazónica no Brasil e os impactos que a exploração tem sobre as comunidades indígenas, que são obrigadas a lidar com a degradação significativa do seu meio ambiente, assim como do seu modo de vida.

Na categoria de Formato Aberto, uma categoria que admite produções multimédia, o primeiro prémio foi para o trabalho de Isadora Romero, intitulado “Sangue é uma semente”. Nele, Romero questiona o desaparecimento das sementes, a migração forçada, a colonização e a consequente perda do conhecimento ancestral. Numa viagem à sua aldeia ancestral de Une, em Cundinamarca, Colômbia, Romero explora memórias esquecidas da terra e das colheitas e aprende sobre o seu avô e bisavó que eram ‘guardiões de sementes’ e cultivavam várias variedades de batata, das quais apenas duas continuam a existir.

Mas além dos vencedores globais em cada categoria, há também para conhecer os vencedores das competições regionais: África, Ásia, Europa, América do Norte e Central, América do Sul, Sueste Asiático e Oceânia.

Nas categorias regionais foram destacados trabalhos sobre o medo de ir à escola nas zonas da Nigéria onde atuam grupos extremistas anti-seculares, um cinema em Cabul sob o regime Talibã, ou um projeto que documentou, entre 2013 e 2014 contexto de longo prazo que levou à guerra de 2022 na Ucrânia, entre outros. Pode ver todas as fotografias nesta galeria.

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