INTERCÂMBIO NA INDÚSTRIA TECNOLÓGICA
Vários membros da Assembleia consideram que a Área da Grande Baía (GBA) é capaz de oferecer várias oportunidades na pele de uma nova plataforma para a juventude de Hong Kong e Macau poder participar no desenvolvimento nacional. Os jovens seriam incentivados a visitar as cidades da GBA na China, tanto para emprego como empreendedorismo.
A indústria tecnológica e de desenvolvimento de profissionais na área foi um dos focos de alguns membros. O vice-diretor do Comité Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês para Hong Kong, Macau e Taiwan acredita que tanto a Zona de Cooperação de Hetao para Inovação Científica e Tecnológica Shenzhen-Hong Kong, como a Cidade Tecnológica de Xintian, já criaram bases sólidas para esta cooperação.
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Contudo, Huang Lanfa propõe que Shenzhen e Hong Kong recebam vários talentos da Grande Baía e transformem os seus “sistemas diferentes” em “benefícios”.
“Podemos explorar a implementação piloto da aceitação mútua de qualificações profissionais, promovendo a migração de cidadãos formados. Desta forma, seremos capazes de simplificar a internacionalização destes talentos e melhorar os serviços sociais disponíveis. Iremos apoiar medidas de auxílio ao desenvolvimento de quadros profissionais internacionais na área da ciência e tecnologia, construindo centros de investigação. O objetivo será criar um ambiente atrativo para talentos na região”, salientou.
Chui Sai Peng, representante de Macau na Assembleia Nacional, sugere que a cidade se transforme num cais de empreendedorismo e de criação de quadros profissionais. Chui vê a região com potencial para fazer troca de talentos na área científico-tecnológica entre a China e o resto do mundo.
Si Ka Lon, outro dos representantes locais na Assembleia Nacional, salientou a promoção da acumulação de pessoal qualificado em Hengqin, a criação de um centro de inovação na Grande Baía-Hengqin-Macau e a promoção da diversificação industrial de Macau na Zona de Cooperação.
O tribuno sugeriu medidas para os residentes da RAEM que trabalhem ou criem o seu próprio negócio em Hengqin e sublinhou a importância da equalização fiscal para empresas e trabalhadores de Macau, bem como uma melhor integração destes talentos na Zona de Cooperação.
AUXÍLIO AO EMPREGO
Para promover esta acumulação na Grande Baía, Lung Chee Ming, membro da Conferência Consultiva, propôs a criação de um portal de informação sobre emprego na GBA para os mais jovens.
O também secretário-geral da Federação de Hong Kong para Organizações Comunitárias de Guangdong aplaudiu a disponibilização de uma base de dados com uma listagem das melhores empresas da região, de maneira a auxiliar na procura de emprego, educação e alojamento.
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“Empresas da GBA, que operem em Hong Kong, poderão primeiro empregar jovens localmente antes de os enviar para a China, auxiliando na sua adaptação ao mercado de trabalho e na preparação de uma carreira a longo prazo”, especificou.
Cheung Hok-sau, vice-presidente da Câmara Geral do Comércio Chinês em Hong Kong, mostrou preocupação quanto à procura de emprego na China por parte dos residentes da RAEHK e RAEM. Cheung referiu que o Governo Central e várias cidades do Interior na GBA têm usado benefícios para os jovens empreendedores das duas regiões administrativas especiais. Contudo, refere, os mesmos podem não ter acesso a tal informação.
“Por esta razão é necessário criar uma plataforma de informação self-service que reúna os dados relevantes sobre as empresas da região, os seus parâmetros de contratação e as candidaturas para a criação de startups, incluindo o processo de avaliação e critérios de escolha para jovens de Hong Kong e Macau”, salientou o também membro da Conferência Consultiva.
Cheung explica que para desenvolver canais de financiamento onde jovens empreendedores possam criar o seu próprio negócio na GBA, poderá ser implementada a flexibilização das restrições de hipotecas e descontos nas taxas de juro.
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Segundo Pang Cheung-wai, membro do partido Aliança Democrática para a Melhoria e o Progresso de Hong Kong, a China tem recebido uma série de candidaturas para cargos públicos provenientes das regiões especiais. O mesmo elogiou a iniciativa e espera que mais postos semelhantes possam ser criados, tanto para benefício dos residentes da RAEHK a estudar no continente, como para aqueles dispostos a lá trabalhar. Pang Cheung-wai constata que além das profissões mais comuns na área financeira, Direito e línguas estrangeiras, a seleção de candidatos para cargos públicos na China deve ser alargada a outras áreas para dar oportunidade a um maior grupo de estudantes.
Os departamentos governamentais podem desenvolver colaborações com institutos de ensino superior em Hong Kong e organizar estágios para estes estudantes no continente, defende. Os mesmos poderão compreender o método de trabalho usado, desenvolver capacidades e melhorar a sua competitividade.
*南方網/經編輯 Nanfang Daily / Editado