A Rússia assegurou esta segunda-feira que tem capacidade para fazer frente à onda de sanções económicas que lhe foram impostas devido à “operação militar especial” lançada contra a Ucrânia.
“São sanções duras, causam problemas, mas a Rússia tem potencial suficiente para compensar os danos que estas (medidas) causam”, disse o porta-voz da Presidência russa (Kremlin), Dmitri Peskov.
Peskov sublinhou que agora o importante são “as ações para minimizar as consequências”, acrescentando que não é o momento para “avaliações emocionais”.
“Não tivemos motivos para duvidar da eficácia e fiabilidade do nosso Banco Central, nem temos agora”, declarou.
O Banco Central da Rússia (BCR) elevou de 9,5% para 20% a taxa de juro para apoiar a estabilidade financeira e proteger as poupanças da população.
“O aumento da taxa de juro permitirá garantir o aumento dos juros dos depósitos para os níveis necessários a compensar os riscos da inflação e de desvalorização”, anunciou o BCR, em comunicado.
Após constatar “alterações nas condições externas”, o regulador indicou que as futuras decisões sobre taxas de juro se adotariam depois de “avaliar os riscos e as condições internas e externas, assim como as reações nos mercados financeiros”.
O comunicado do BCR não menciona a “operação militar especial” em curso na Ucrânia.
O rublo desvalorizou hoje no mercado Forex (mercado de divisas estrangeiras) quase 30%, face ao dólar e ao euro, após o anúncio da exclusão de alguns bancos russos do sistema de comunicações interbancário internacional SWIFT e da paralisação por parte da União Europeia (UE) das transações com o Banco Central da Rússia.
Leia mais em TSF