A Comissão Europeia apresenta hoje o Relatório da Coesão, que inclui pela primeira vez dados sobre o impacto da pandemia na em relação aos níveis de desenvolvimento dos países. A conclusão de Bruxelas é que as “regiões menos desenvolvidas” foram as que mais sofreram pelo excesso de mortalidade. Já em matéria de economia, os países do sul da União Europeia, como é o caso de Portugal, foram os mais afetados pela Covid-19.
“O impacto económico da pandemia foi maior nas regiões do Sul com uma economia mais dependente do turismo e serviços de proximidade. Em comparação com 2019, as dormidas utilizadas pelos turistas caíram 90% nos meses a seguir março de 2020”, conclui a Comissão Europeia.
“O excesso de mortalidade entre março de 2020 e final de 2021 foi significativamente maior em regiões menos desenvolvidas”, tendo atingido os “17 por cento”, ao passo que “em regiões mais desenvolvidas”, o número de morte aumentou “12 por cento” e nas “regiões de transição” foi de “11 por cento”.
O Comissário para o Emprego e Direitos Sociais, Nicolas Schmit admite que “a pandemia aumentou o risco de desigualdades na União Europeia”. Nicolas Schmit destaca o papel da política de Coesão “uma das principais ferramentas para combater esta tendência e investir nas pessoas”.
Para a comissária para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira é preciso “acelerar” na convergência e na “redução das desigualdades entre países e regiões da UE”.
“Precisamos acelerar a adoção e implementação dos programas de política de coesão para 2021-2027 para que possamos continuar a apoiar as regiões na recuperação da pandemia”, defendeu a comissária, destacando também a importância de os países “colherem todos os benefícios da transição para uma Europa verde e digital”.
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