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Europeus consumiram mais canábis na pandemia

O uso de canábis aumentou na Europa em 2020 e a justificação dos consumidores foi o facto de esta substância os ajudar a relaxar e a dormir enquanto estavam confinados em casa devido à covid-19. Em sentido contrário, a utilização de MDMA/ecstasy baixou. Redução a que não será alheio o fecho dos bares e discotecas, locais onde a utilização desta droga é maior.

Estas tendências de consumo de estupefacientes registadas durante o ano de 2020 e os primeiros meses de 2021 são divulgadas nesta quinta-feira pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (EMCDDA) e surgem na sequência da análise das respostas a um inquérito online efetuado pelo Observatório entre março e abril de 2021, e ao qual responderam 48 469 pessoas dos Estados membros da União Europeia e Suíça.

Entre as conclusões do inquérito destaca-se o facto de 32% dos inquiridos terem assumido que consumiram mais canábis durante o período em análise e enquanto estavam em casa. Por outro lado, 42% das pessoas disseram que consumiram menos MDMA/ecstasy.

O EMCDDA reconhece que a amostra não é representativa da população geral, mas salvaguarda as conclusões frisando que permitem traçar um quadro pormenorizado dos hábitos de consumo de droga, e dos respetivos mercados, dos europeus durante a pandemia de covid-19, pois teve a colaboração de uma centena de organizações, incluindo universidades e ONG, na elaboração do estudo.

Nas respostas ao inquérito, a explicação para o aumento do consumo de canábis passou pelo facto de os europeus terem sido obrigados a cumprir vários confinamentos – decididos pelas autoridades de saúde dos vários países de forma a evitar a mobilidade e a transmissão do vírus SARS-CoV-2 – o que levou a que recorressem a esta droga para “relaxar” e “ajudar a dormir”.

Já no caso do MDMA/ecstasy quem consumiu disse que o fez para “aumentar a euforia”.

Em relação às percentagens sobre o consumo, 93% das pessoas que responderam afirmaram ter consumido canábis, seguindo-se a MDMA/ecstasy e a cocaína (ambas com 35%) e anfetaminas (28%).

Quanto a outros consumos, o documento do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência refere que no último ano o álcool, canábis, tabaco e MDMA/ecstasy foram os produtos/drogas mais utilizados.

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