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Investimento estrangeiro direto no Brasil duplica num ano

Lusa

O investimento estrangeiro direto no Brasil passou de 2 mil milhões de euros em novembro de 2020 para 3,9 mil milhões de euros no mesmo mês deste ano, informou o Banco Central do país

O resultado de novembro contribuiu para o aumento de 33,32% do investimento estrangeiro direto no Brasil na comparação ano a ano.

Entre janeiro e novembro de 2020 os estrangeiros investiram 37,7 mil milhões de dólares (33,3 mil milhões de euros) no país sul-americano enquanto no mesmo período de 2021 os aportes somaram 50,3 mil milhões de dólares (44,4 mil milhões de euros).

Esse aumento é atribuído à forte queda sofrida pelo fluxo de recursos externos para o Brasil no ano passado em decorrência da crise económica gerada pela pandemia de covid-19, que fez com que o investimento estrangeiro no Brasil caísse de 69,1 mil milhões de dólares (61 mil milhões de euros) em 2019 para 34,1 mil milhões de dólares (30,1 mi milhões de euros) em 2020, o nível mais baixo em 11 anos.

O investimento estrangeiro direto acumulado nos últimos 12 meses no Brasil até novembro aumentou 30,38%, para 51,5 mil milhões de dólares (45 mil milhões de euros), o equivalente a 3,17% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

De acordo com o órgão emissor brasileiro, o investimento estrangeiro acumulado entre dezembro de 2019 e novembro de 2020 foi equivalente a 2,68% do PIB.

A previsão do Banco Central é que os investimentos estrangeiros totalizem cerca de 3 mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros) em dezembro, com os quais o Brasil encerrará o ano com cerca de 53,4 mil milhões de dólares (47,2 mil milhões de euros) de recursos externos aplicados em projetos produtivos no país.

De acordo com o boletim divulgado hoje pelo órgão emissor, o défice brasileiro nas suas contas externas aumentou 164,8% no último mês, de 2,4 mil milhões de dólares (2,1 mil milhões de euros) em novembro do ano passado para 6,5 milhões de dólares (5,7 mil milhões de euros) em novembro de 2021.

Com o forte aumento do saldo negativo das contas externas em novembro, o Brasil acumulou nos 11 primeiros meses um défice em conta corrente (diferença entre os recursos que entram e saem) de 22,3 mil milhões de dólares (19,7 mil milhões de euros).

O défice acumulado nos últimos 12 meses até novembro subiu para 30,8 mil milhões de dólares (27,2 mil milhões de euros), equivalente a 1,90% do PIB brasileiro.

O Banco Central prevê que o défice nas contas externas do Brasil chegará a 6,8 mil milhões de dólares (6 mil milhões de euros) em dezembro, com o que o país encerrará 2021 com um saldo negativo nas transações externas de cerca de 29,2 mil milhões de dólares (25,8 mil milhões de euros).

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