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Macau quer ajudar a promover relações saudáveis entre China e EUA

O Governo de Macau afirmou que quer ajudar a promover o desenvolvimento de uma relação saudável entre a China e os Estados Unidos, uma posição tomada no dia em que os Presidentes dos dois países se reuniram.

Macau “irá estudar com seriedade e concretizar de forma plena as diretrizes do importante discurso proferido pelo Presidente, Xi Jinping” para “salvaguardar com determinação a soberania, segurança e interesse do desenvolvimento do país, aproveitar ainda mais as vantagens específicas de Macau como uma cidade internacional, como ponto de encontro das culturas ocidental e oriental” e “desempenhar da melhor maneira as funções relevantes de Macau como um lugar de abertura do País de ‘dupla via’ ao exterior”, de forma a contribuir “na promoção do desenvolvimento saudável e estável das relações entre a China e os Estados Unidos”.

Num comunicado divulgado na noite de terça-feira, Macau saudou o encontro virtual entre os Presidentes da China e dos EUA, descrevendo-o como de “grande importância” nas relações bilaterais e para a comunidade internacional.

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Na posição do Governo da região administrativa especial chinesa é sublinhado que o encontro foi o “primeiro do género entre os chefes de Estado na história das relações entre a China e os Estados Unidos, constituindo um evento de grande importância tanto para as relações bilaterais entre os dois países, como para as relações internacionais”.

Na mesma nota é destacado que os “chefes de Estado dos dois países tiveram uma conversa franca, construtiva, substancial e efetiva, que beneficia o incremento do conhecimento mútuo e o aumento de uma perspetiva positiva da comunidade internacional para com as relações bilaterais destes dois países”.

“Sendo a China e os Estados Unidos as duas maiores potências económicas do mundo e membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a perspetiva comum da comunidade internacional e a esperança comum de todos os povos do mundo é reforçar diálogo e cooperação, promover conjuntamente a causa nobre da paz e desenvolvimento do ser humano, como também a necessidade de bem-estar dos povos dos dois países”, salientou o Governo de Macau.

Joe Biden e Xi Jinping realizaram a primeira reunião, por videoconferência, desde que o líder norte-americano assumiu o poder, no início do ano. O diálogo prolongou-se por três horas e meia, mais do que o originalmente programado.

A relação entre a China e os Estados Unidos atravessa o pior momento em várias décadas, marcada por disputas comerciais e tecnológicas, direitos humanos ou o estatuto de Taiwan e do mar do Sul da China.

Biden defendeu que a “competição entre os dois países não se deve transformar num conflito, seja de forma intencional ou não”.

“A China e os Estado Unidos devem melhorar a comunicação e cooperação”, frisou também Xi, que admitiu sentir-se feliz por voltar a ver o “velho amigo”.

As duas conversas anteriores entre os líderes foram realizadas por telefone.

A chegada de Joe Biden ao poder alterou o tom agressivo na Casa Branca em relação ao país asiático, cultivado pelo antecessor no cargo Donald Trump, mas a relação bilateral continua extremamente tensa.

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A reunião acabou sem nenhum anúncio importante ou até uma declaração conjunta.

O aumento das tensões ocorre também numa altura em que os dois líderes enfrentam desafios internos crescentes.

Biden enfrenta a persistente pandemia da covid-19, uma inflação galopante e problemas nas cadeias de fornecimento, pelo que procura agora o equilíbrio nas questões de política externa mais importantes que enfrenta.

Xi enfrenta o ressurgimento de surtos da covid-19 no país, uma grave crise energética e o colapso de algumas das maiores construtoras da China, que pode ter repercussões nos mercados globais.

“A China e os Estados Unidos estão em estágios críticos de desenvolvimento e a humanidade vive numa aldeia global, pelo que enfrentamos vários desafios juntos”, disse Xi.

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