Início Portugal Portugal com risco elevado de corrupção na área da Defesa

Portugal com risco elevado de corrupção na área da Defesa

Com 44 pontos em 100 possíveis, Portugal está abaixo da média europeia de 59, indica a avaliação 2020 da Transparência Internacional (TI), divulgada nesta terça-feira.

No grupo de risco de Portugal, a pior classificação vai para o Chile (34 pontos) e a melhor para a Indonésia (47). A pontuação é inversamente proporcional ao risco de corrupção, numa escala de zero (máximo risco crítico, onde estão 18 países) a 100 (risco muito baixo). Apenas a Nova Zelândia está neste grupo, com 85 pontos, enquanto o Sudão ocupa a pior posição da escala, com cinco pontos. Há 17 países em risco muito elevado, 24 em moderado e oito em risco baixo.

A TI, que avalia a qualidade dos controlos para gerir riscos de corrupção nas instituições de defesa e segurança, vinca que Portugal registou uma evolução positiva em relação a 2015, com destaque para os riscos político e associados à gestão de pessoal, mas mantêm problemas na prevenção e na mitigação de riscos decorrentes da falta de fiscalização.

Segundo a diretora executiva da Transparência Internacional Portugal (o capítulo nacional da TI), Karina Carvalho, citada no comunicado da organização, a Assembleia da República “continua a não exercer todo o espectro de poderes fiscalizadores” que possui e a Comissão parlamentar de Defesa não fiscaliza do ministério da tutela “com o detalhe e a distância que lhe compete.

Risco operacional com zero pontos

O documento nota uma “diferença acentuada entre o reporte público de informação” pelo Ministério e pelos diferentes ramos das Forças Armadas, destacando que o esforço de publicação de dados pela tutela não é acompanhado pelo Estado-Maior-General das FA, “cuja presença pública é praticamente inexistente”.

“A área de risco operacional é a que se mais se destaca pela negativa, com uma pontuação de zero pontos”, vinca a nota de imprensa da TI Portugal. “Num contexto em que a ação das FA se desenvolve cada vez mais em teatros operacionais complexos, implicando cadeias logísticas com muitos intermediários e cadeias de comando, a inexistência de doutrina militar específica sobre riscos de corrupção é cada vez menos compreensível”, considera Karina Carvalho.

Leia mais em Jornal de Notícias

Contate-nos

Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

Plataforma Studio

Newsletter

Subscreva a Newsletter Plataforma para se manter a par de tudo!