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Morre-se mais onde a vacinação é mais baixa

No início de novembro a Organização Mundial da Saúde (OMS) avisou que a Europa está de novo no “epicentro” da pandemia de covid-19, mesmo com países com alto grau de vacinação. No final da semana passada, soube-se que tinha havido um recorde de quase dois milhões de casos registados nos últimos sete dias, além de quase 27 mil mortes (mais de metade do valor registado em todo o mundo).

Mas o continente não é todo igual e a culpa é das vacinas, com o número de casos, mas principalmente hospitalizações e mortes, a ser mais elevado nos países onde a vacinação é menor. O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, lembrou que “as vacinas reduzem o risco de hospitalização, doença grave e morte, mas não previnem totalmente a transmissão”. E mesmo nos países onde a vacinação é elevada, os casos estão a subir.

“Preocupação muito alta”

Segundo o boletim de sexta-feira do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças (que além dos 27 membros da União Europeia fornece dados de Islândia, Liechtenstein e Noruega), no final da semana 44 da pandemia (que terminou a 7 de novembro), havia dez países considerados de “preocupação muito alta” na região. Era o caso da Bélgica, Bulgária, Croácia, Eslovénia, Estónia, Grécia, Hungria, Países Baixos, Polónia e República Checa.

A Bulgária, por exemplo, tem a taxa de vacinação mais baixa da Europa, com apenas 23,3% da população totalmente vacinada. O problema não tem sido a falta de doses disponível, mas a desconfiança da população, não tendo ajudado o facto de o país ter realizado as terceiras eleições legislativas do ano neste domingo, tendo tido até agora um governo interino. O pico diário de novos casos parece ter sido atingido no dia 1 de novembro (6007), mantendo-se com uma média de 474 casos por cada milhão de habitantes nos últimos sete dias. A média de mortes é de 24,75 por milhão de habitantes, com um pico de 334 óbitos por covid-19 registados a 8 de novembro. Nos hospitais, há mais de oito mil pacientes com covid-19, com 700 nos cuidados intensivos, tendo Sófia ativado na semana passada o mecanismo europeu de proteção civil, pedindo medicamentos e dispositivos médicos como ventiladores, camas de cuidados intensivos e máscaras de oxigénio.

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