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UE reúne com iranianos sobre programa nuclear em Bruxelas

AFP

O ministro iraniano encarregado da questão nuclear, Ali Baghéri, reunir-se-á esta semana em Bruxelas com o negociador europeu Enrique Mora para discutir a retomada das negociações em Viena, anunciou ontem um porta-voz da UE

UE e iranianos discutem o programa nuclear. “Está marcada uma reunião entre os dois esta semana”, disse Peter Stano. Mas “não há nenhum encontro marcado com Josep Borrell”, coordenador das negociações do acordo nuclear concluído em 2015 com o Irão, afirmou.

Ali Baghéri anunciou em sua conta no Twitter que “vai se reunir com o coordenador do JCPOA (sigla para o acordo nuclear iraniano) na quarta-feira em Bruxelas para continuar nossas discussões, a fim de retomar as negociações e obter resultados”.

A UE exorta os iranianos a retomarem as negociações lançadas em Viena para salvar o acordo nuclear concluído em 2015. As negociações estão suspensas desde a eleição de junho de um novo presidente iraniano.

“As negociações devem ser realizadas em Viena”, insistem os europeus.

Mas os iranianos querem “debater questões que permanecem pendentes” após o encontro com o negociador europeu Enrique Mora, em 14 de outubro, em Teerão.

Após ser informado de que o negociador iraniano deseja se encontrar com ele, Josep Borrell disse que está disposto a recebê-lo, mas não a negociar.

“Apoiamos firmemente o diálogo da UE com o Irão”, mas “o destino final deve ser Viena”, onde os Estados Unidos participam indiretamente das negociações, reagiu o porta-voz da diplomacia americana, Ned Price, perante a imprensa em Washington.

O acordo alcançado entre Irão e Estados Unidos, Reino Unido, China, Rússia, França e Alemanha ofereceu a Teerã o levantamento de parte das sanções internacionais em troca de uma redução drástica de seu programa nuclear, colocado sob estrito controle da ONU.

Depois da retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo em 2018, durante a presidência de Donald Trump, Teerão abandonou gradualmente seus compromissos e Washington impôs sanções contra o regime.

O presidente americano, Joe Biden, se diz disposto a se incorporar ao pacto alcançado em 2015, com a condição de que o Irão renove seus compromissos.

Os Estados Unidos elevaram o tom e ameaçam recorrer à opção militar se a diplomacia não conseguir impedir que o Irão obtenha a arma atômica, precisamente o que o acordo de 2015 pretende evitar.

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