Técnico do F. C. Porto não retira o que disse após a goleada sofrida com o Liverpool
As declarações de Sérgio Conceição após o jogo da Champions com o Liverpool, que os dragões perderam por 5-1, marcaram a antevisão do treinador à partida deste sábado diante do Paços de Ferreira. Na passada terça-feira, o técnico foi muito crítico com os jogadores e mantém o que disse.
“Fui a voz do descontentamento geral que aquela derrota provocou. A mensagem que foi passada é a mesma há quatro anos. Existe uma base de comprometimento aqui e há certos princípios que têm de ser respeitados. Depois, há a estratégia para os jogos e aí o único responsável por não termos conseguido um resultado positivo sou eu”, afirmou Conceição, insistindo que falou com os jogadores “da mesma forma frontal” como fala há quatro anos.
“A imprensa está habituada a levar com um ou outro bluff depois dos jogos, mas eu não sou assim. Pus cá fora o meu sentimento. Foi disparatado, como vi escrito? Não. Foi o meu sentimento. Eu assumo sempre a responsabilidade, mas há coisas que têm de ser analisadas e tem de se perceber o porquê de terem acontecido situações que não estavam planeadas e que levaram a que tenhamos feito um jogo tão mau”, referiu o treinador do F. C. Porto.
“Da mesma forma que passei essa mensagem para a imprensa, passei-a para o meu grupo de trabalho e eles sabem disso. Não posso ter uma mensagem aqui e outra para os jogadores. Eles veem o que eu digo nas conferências antes e depois dos jogos. Não fazia sentido. Na forma como analiso as coisas, pode sair uma ou outra situação exagerada, mas é o meu sentimento no momento. A mensagem passa da forma que eu sou e não abdico das minhas convicções. Sou assim e não vou mudar”, acrescentou.
Sobre as críticas que lhe foram feitas em relação à tática utilizada no jogo com o Liverpool, Conceição recordou a baixa de Pepe mesmo em cima do apito inicial e a lesão de Otávio logo aos 13 minutos: “Vocês perceberam o que aconteceu. Fiz algumas coisas que não foram o melhor para a equipa, mas isso só se vê no fim. Depois do jogo, sou o melhor treinador do Mundo e fico a dissecá-lo até de manhã. Críticas? É o quinto ano do treinador. Já satura. É o mau feitio, é isto, é aquilo… Até a minha cara não é assim grande coisa para alguns. É capaz de criar algum incómodo. As pessoas estão sempre à procura de coisas diferentes, mas às vezes as coisas diferentes são más e o que temos em casa é o melhor”.
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