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Bruxelas adverte Pequim que direitos humanos são “elemento-chave” para UE

Lusa

O chefe da diplomacia europeia advertiu ontem que a questão dos direitos humanos constitui um “elemento-chave” para uma boa relação bilateral com a União Europeia (UE) no decurso de uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês

Josep Borrell e Wang Yi contactaram por videoconferência no âmbito do “diálogo estratégico” entre a UE e a China, precisou em comunicado um porta-voz do responsável europeu.

Numa referência direta a Pequim, Borrell “sublinhou a necessidade de se envolver nas questões dos direitos humanos e retomar o diálogo UE-China sobre os direitos humanos, elemento-chave de uma relação madura”.

“Manifestou a esperança que a próxima reunião possa decorrer antes do final do ano. Isso será crucial para abordar os desacordos entre a UE e a China”, acrescentou o comunicado.

Em março, os europeus sancionaram pela primeira vez a China pela presumível perseguição dos muçulmanos uigures no Xinjiang, uma região multiétnica do noroeste do país. Pequim respondeu com sanções contra uma dezena de personalidades europeias.

Na terça-feira, a situação no Xinjiang foi abordada por Josep Borrell e Wang Yi, para além de Hong Kong e Taiwan.

Numa referência a Taiwan, o Alto representante da UE para a política externa sublinhou que o bloco europeu “sempre aplicou a continuará a aplicar a sua política de uma única China de forma coerente”.

“Em simultâneo, a UE e os Estados-membros têm interesse em desenvolver a cooperação com Taiwan, uma parceria económica importante da região que partilha as mesmas ideias, mas sem lhe reconhecer o estatuto de Estado”, indicou ainda o comunicado.

Na segunda-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, também manteve um encontro virtual com Wang Yi, durante o qual manifestou as preocupações da Aliança face à “expansão do arsenal nuclear da China” e apelou a Pequim para que aceite um diálogo sobre o controlo dos armamentos.

Stoltenberg também assinalou que a China não é considerada um adversário pela NATO, mas exortou Pequim a “respeitar os seus compromissos internacionais e agir de forma responsável no sistema internacional”.

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