O líder rebelde congolês Chance Mihonya foi condenado a prisão perpétua pelos crimes de guerra e contra a Humanidade cometidos no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), noticia hoje a agência francesa de notícias, a AFP.
Citando funcionários da justiça militar, a AFP escreve que o antigo capitão das Forças Armadas, desertor desde julho de 2019, foi condenado na terça-feira pelo tribunal militar de Kivu Sul, que no mesmo julgamento absolveu um homem suspeito de ter fornecido armas e munições ao grupo liderado por Mihonya.
O antigo militar foi considerado culpado de todas as acusações, nomeadamente rapto e tortura de dezenas de habitantes de várias aldeias em 2019 e 2020 neste província, e foi igualmente considerado culpado de de alistar crianças no grupo armado.
Chance Mohonya foi preso em maio de 2020 durante operações de localização conduzidas pelo exército e guardas ecológicos do Parque Kahuzi-Biega, um santuário para os últimos gorilas das Planícies Orientais que restam.
O parque está na lista de locais que são Património Mundial em Perigo da UNESCO desde os anos 90 devido a guerras recorrentes e à presença de numerosos grupos armados na área.