O regime, criado para atrair investimento para o país, vai ficar limitado ao interior, Açores e Madeira. Promotores e investidores ainda têm esperança de que o governo volte atrás com a medida, que consideram um “erro”.
É já em janeiro que entram em vigor as novas regras aplicáveis aos chamados vistos gold.
Vão deixar de estar abrangidos os investimentos em imobiliário com destino a habitação localizados em Lisboa, no Porto e no litoral. Mas no mercado já se vive o frenesim da mudança.
“Atualmente verificamos um crescimento acentuado de clientes para Golden Visa em Lisboa e no Porto devido ao facto de o programa, no modelo atual, ter uma data definida para o seu término”, diz Ricardo Garcia, Diretor de Residencial da Savills Portugal. Esta consultora tem tido “muitos clientes, nomeadamente do Médio Oriente, Reino Unido e Estados Unidos que procuram essencialmente as zonas prime do centro de Lisboa e Porto, para além da linha de Cascais e Comporta/Melides”. “Prevê-se um último trimestre forte, com um nível de procura mais elevado que nos últimos dois anos devido à abertura gradual das fronteiras e maior controlo da pandemia”, sublinha Ricardo Garcia.
Também Beatriz Rubio, presidente executiva da RE/MAX Portugal destaca que “durante este ano verificou-se uma procura mais acentuada na Área Metropolitana de Lisboa, principalmente nas zonas de reabilitação urbana com um investimento menor, na ordem dos 350 mil euros”. “Em segundo lugar, surgem investidores para os 500 mil euros que procuram apartamentos em localizações prime, como o Parque das Nações, Avenidas Novas, Chiado, Príncipe Real e Baixa, de forma a conseguir maior rentabilidade no arrendamento do seu investimento”, adianta. Beatriz Rubio frisa que a área Metropolitana do Porto surge como terceira opção de investimento e depois o Algarve. “Notou-se também uma maior procura de investimento comercial, principalmente lojas na Grande Lisboa com rentabilidade garantida, em relação aos outros anos”, diz ainda.
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