Início Portugal Portugal entre os que mais ganham com a bazuca, mas perde no Sul da Europa

Portugal entre os que mais ganham com a bazuca, mas perde no Sul da Europa

Paulo Ribeiro Pinto

Impacto dos fundos europeus no PIB pode chegar a 2,4% com os efeitos a prolongarem-se por, pelo menos, 20 anos. E não estão ainda contabilizadas as reformas estruturais.

É o maior projeto de recuperação na Europa desde o Plano Marshall, com mais de 800 biliões de euros do programa NextGenerationEU (NGEU) a serem distribuídos pelos 27 Estados-membros ao longo dos próximos anos para reparar os danos da pandemia e aumentar o potencial de crescimento da União Europeia. O plano foi desenhado para equilibrar uma recuperação que se antevê muito diferente entre as economias europeias.

O processo começou logo em abril do ano passado com os primeiros passos – ainda em forma de intenção – a serem dados pela presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, que num artigo no jornal alemão Welt am Sonntag apontou para a necessidade de a Europa ter “o seu plano Marshall”, numa referência ao programa de recuperação levado a cabo pelos Estados Unidos entre 1948 e 1952 para ajudar as economias da Europa Ocidental a recuperarem da devastação da Segunda Guerra Mundial.

Os primeiros planos, com a definição das metas e objetivos de financiamento começaram a ser aprovados na semana passada, o que, tendo em conta o histórico de decisão da Comissão Europeia (CE), foi um processo relativamente rápido, com os primeiros planos de recuperação e resiliência (PRR) a terem “luz verde” de Bruxelas.

Para já foram validados 12 PRR, com Portugal à cabeça. Foi o primeiro país a entregar o plano de recuperação e foi o primeiro a tê-lo aprovado, numa cerimónia no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, que ficou marcada pela pergunta do primeiro-ministro, António Costa, à presidente da Comissão “agora, já posso ir ao banco?”

É certo que o plano para usar os 16,6 mil milhões reservados para Portugal foi validado, mas os primeiros fundos não chegaram logo. Esse dinheiro será disponibilizado em forma de pré-financiamento equivalente a 13% do montante global, ou seja, perto de 2,1 mil milhões de euros. Segundo Ursula von der Leyen, o objetivo é que os primeiros desembolsos sejam feitos durante o mês de julho.

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