Leste e Centro da Europa lideraram nos aumentos da retribuição mínima em 2021. Portugal teve a sétima maior subida.
O salário mínimo português passou a ser, neste ano, o 11.º mais elevado num grupo de 22 países europeus com retribuição mínima fixada na lei, ultrapassando a Grécia, onde os valores de retribuição mínima sofreram cortes na última crise e a pandemia levou também ao congelamento da subida programada para este ano – pelo menos, até julho.
Os 665 euros portugueses (776 euros, considerando 14 meses) comparam agora com salários superiores de 2202 euros no Luxemburgo, 1903 euros no Reino Unido, 1724 euros na Irlanda, 1685 euros nos Países Baixos, 1626 euros na Bélgica, 1610 euros na Alemanha, 1555 euros em França, 1110 euros na Eslovénia, 1108 euros em Espanha e 785 euros em Malta.
A comparação consta do último relatório anual da Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho (Eurofound) sobre evoluções nos salários mínimos europeus, publicado no final da última semana. Este dá conta de que, apesar da pandemia, a maioria dos países da União Europeia (Reino Unido ainda incluído na análise) optou por fazer subir o patamar mínimo das retribuições. Só Espanha, Grécia e Estónia, entre os países com valor fixado por lei, congelaram aumentos.
A Eurofound assinala que a maioria dos países reagiu à crise sanitária e económica com aumentos mais cautelosos que em anos anteriores”, com as retribuições mínimas a terem um crescimento mediano de 3%. Mas, foi um dos objetivos garantir poder de compra e a estabilização da procura interna num cenário de crise, com a fundação a notar, aliás, o pendor “keynesiano” declarado na decisão portuguesa.
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