Macau registou em maio receitas recorde desde o início da pandemia, mais 492,2% do que em 2020, mas ainda assim apenas um terço do montante arrecadado pelos casinos em 2019
As operadoras registaram receitas de 10.445 milhões de patacas (1.072 milhões de euros), mais dois mil milhões de patacas (205 milhões de euros) do que no mês anterior, de acordo com a Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos.
A receita bruta acumulada em 2020 é de 42.487 milhões de patacas, mais 28% do que no ano passado. Antes da pandemia da covid-19, contudo, nos primeiros cinco meses de 2019, os casinos já tinham arrecadado 125.691 milhões de patacas (12.910 milhões de euros).
Macau identificou apenas 51 casos de covid-19 desde o início da pandemia, mas as restrições fronteiriças e a ausência de visitantes praticamente paralisaram a economia, quase exclusivamente dependente da indústria dos casinos e do turismo chinês.
Após o reinício, no final de setembro, da emissão dos vistos individuais e de grupo da China continental para o território, suspensos desde o início da pandemia, o número de turistas tem subido gradualmente, ainda que continue muito abaixo da média de cerca de três milhões de visitantes registada por mês em 2019.
Macau, capital mundial do jogo, é o único local em toda a China onde o jogo em casino é legal. Em 2019 obteve receitas de 292,4 mil milhões de patacas (cerca de 30,03 mil milhões de euros).
Contudo, em 2020, devido ao impacto causado pela pandemia, os casinos em Macau terminaram o ano com receitas de 60,4 mil milhões de patacas (6,2 mil milhões de euros), uma quebra de 79,3% em relação ao ano anterior.
Três concessionárias, Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy e Wynn, e três subconcessionárias, Venetian (Sands China), MGM e Melco, exploram casinos naquela que é apelidada de Las Vegas da Ásia, mas que há muito ultrapassou as receitas dos casinos registadas naquela cidade norte-americana.