País teve mais de 37 mil novos casos em 24h; sistema de saúde sofre pressão.
O Brasil chegou a 450.026 mortes pela Covid-19 nesta segunda-feira (24), apenas 25 dias após ter ultrapassado a marca dos 400 mil óbitos. Embora a média móvel de mortes por dia tenha recuado em relação aos níveis vistos em meados de março, quando ultrapassou 3.100, o país registra há quatro meses mais de 1.000 mortos por dia.
O país tem o segundo maior número de mortes atualmente, atrás apenas dos Estados Unidos (589 mil). Em números de mortos por 100 mil habitantes, o Brasil está na 11º posição, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, que monitora os números da pandemia no mundo.
Os sistemas de saúde seguem sobrecarregados com doentes de Covid-19 que precisam de internação e Unidades de Terapia Intensiva —em 14 estados, mais de 80% dos leitos de UTI estavam ocupados na semana passada, segundo levantamento da Folha. Secretários de saúde vêm alertando o governo federal sobre a dificuldade de expandir o número de leitos, devido à insuficiência de equipes, e ainda vêem falta de medicamentos como os do kit intubação.
Esperança para controlar o avanço do coronavírus, a vacinação vem caminhando a passos mais lentos nas últimas semanas. Se em abril chegaram a ser imunizados 644 mil brasileiros com a primeira dose por dia, na semana passada eram em média cerca de 450 mil por dia.
De acordo com as informações das secretarias de Saúde, 42.539.769 pessoas receberam pelo menos uma dose da vacina contra a Covid no país, o que corresponde a 26,44% da população com mais de 18 anos —20.935.857 delas já receberam a segunda dose do imunizante e cerca de um mês após a injeção podem ser consideradas totalmente imunizadas.
O Brasil fica em 56º no ranking mundial de países quando considerado o número de doses de vacina aplicadas em relação à população. Nos Estados Unidos, onde cerca de 50% da população recebeu pelo menos uma dose da vacina, a média diária de novos casos ficou abaixo de 30 mil pela primeira vez em 11 meses na sexta-feira (21). O número mostra que a vacinação está sendo eficaz para conter o vírus. Ali, pessoas totalmente vacinadas (que já receberas as duas injeções) não precisam mais usar as máscaras em boa parte do país e em quase todas as situações.
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