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Trabalhar mais de 55 horas por semana aumenta risco de morte, diz OMS

AFP

De acordo com um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicado nesta segunda-feira (domingo, 16, no Brasil), trabalhar mais de 55 horas por semana aumenta o risco de morte por doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais.

Esta primeira análise global da perda de vidas humanas e danos à saúde associados a longas horas de trabalho chega enquanto a pandemia de covid-19 acelera mudanças que podem aumentar a tendência de se trabalhar por mais horas.

No entanto, o estudo, publicado na revista Environment International, não se refere à pandemia, mas a anos anteriores. Os autores sintetizaram dados de dezenas de pesquisas com centenas de milhares de participantes.

“Trabalhar 55 horas ou mais por semana representa um grave perigo para a saúde”, destaca a médica María Neira, diretora de Meio Ambiente, Mudanças Climáticas e Saúde da OMS. “É hora de todos nós – governos, empregadores e trabalhadores – finalmente reconhecermos que longas horas de trabalho podem causar mortes prematuras”, acrescenta.

O estudo conclui que trabalhar 55 horas ou mais por semana está associado a um aumento de 35% no risco de acidente vascular cerebral (AVC) e um aumento de 17% no risco de morte por doença isquêmica do coração, em comparação com uma pessoa que trabalha entre 35 e 40 horas semanais.

A OMS e a OIT estimam que 398 mil pessoas morreram de derrame cerebral e 347 mil de doenças cardíacas em 2016 por terem trabalhado pelo menos 55 horas por semana.

Entre 2000 e 2016, o número de óbitos por doenças cardíacas relacionadas a longas jornadas de trabalho aumentou em 42%, enquanto  no caso dos AVCs o crescimento foi de 19%.

A maioria das mortes registradas se refere a pessoas de 60 a 79 anos, que trabalhavam 55 horas ou mais por semana quando tinham entre 45 e 74 anos.

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