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Adiado para 26 de maio julgamento por corrupção de Jacob Zuma

O julgamento por corrupção do ex-presidente sul-africano Jacob Zuma, que deveria começar hoje, foi adiado para 26 de maio, anunciou o tribunal.

“O processo é adiado para 26 de maio de 2021, data em que a alegação será registada”, disse o juiz Piet Koen durante uma audiência, pedindo ao acusado que estivesse presente.

O julgamento num caso de suborno com mais de 20 anos e que envolve o grupo francês Thales já foi adiado várias vezes, com o antigo presidente a apresentar vários recursos.

O novo advogado de defesa, Thabani Masuku, disse hoje em tribunal que Zuma “está pronto para o seu julgamento”.

“Ele sempre esteve pronto”, acrescentou.

Alguns minutos antes, toda a sala do tribunal se levantou quando o antigo presidente sul-africano tomou o seu lugar, segundo a agência France Presse.

“Viva Jacob Zuma!”, gritou um apoiante no corredor do tribunal de Pietermaritzburg (leste).

Jacob Zuma, 79 anos, enfrenta 16 acusações de fraude, corrupção e extorsão relacionadas com a compra de equipamento militar a cinco empresas de armamento europeias em 1999, quando era vice-presidente.

É acusado de embolsar mais de quatro milhões de rands (cerca de 235 mil euros) da Thales, uma das empresas a quem foi adjudicado o lucrativo contrato no valor de cerca de 2,8 mil milhões de euros.

O gigante francês da defesa enfrenta também acusações de corrupção e branqueamento de capitais.

Tanto o antigo chefe de Estado como a empresa sempre negaram as acusações.

No exterior do tribunal, dezenas de ativistas vestidos com as cores verde e amarela do Congresso Nacional Africano (ANC) entoavam ‘slogans’ de apoio.

Ao sair do tribunal, soldados da Associação de Veteranos (MKMVA) formaram uma guarda de honra.

Jacob Zuma, envolvido em múltiplos escândalos e acusações de corrupção, mas que há meses desafia a justiça sul-africana, chegou ao tribunal acompanhado por membros da sua família, incluindo o seu filho Duduzane Zuma.

Membros do seu círculo interno no ANC no poder também estiveram presentes.

“Estou aqui para apoiar o presidente Zuma”, disse Ace Magashule, ex-secretário geral do partido recentemente suspenso por acusações de corrupção, citado pela agência France Presse, descrevendo o julgamento como “político”.

No poder entre 2009 e 2018, Zuma foi forçado a demitir-se após uma série de escândalos.

O seu sucessor e atual chefe de Estado sul-africano, Cyril Ramaphosa, prometeu erradicar a corrupção no país.

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