Compromisso assumido pelo presidente do Benfica é de saldar tudo num prazo que vai de “dez a 15 anos”. Sobre Centeno, que assinou a venda à Lone Star, diz que devia ser “enforcado”.
Nunca entrou em incumprimento para com o Novo Banco (NB), nunca teve perdões de juros e, no tempo do BES, não lidava diretamente com Ricardo Salgado. Foram estas as principais garantias dadas ontem por Luís Filipe Vieira, no Parlamento, à comissão de inquérito pelas perdas registadas pelo NB. O presidente do Benfica, presente enquanto homem forte da Promovalor – empresa que chegou a dever 760 milhões de euros ao NB -, também se mostrou convicto de que, se não liderasse o clube da Luz, nunca teria sido chamado a depor. E, num momento insólito, afirmou que quem vendeu o NB – Mário Centeno, então ministro das Finanças – deveria ser “enforcado”.
“A minha vida não foi criada com o BES ou com a vinda para o Benfica”, afirmou Vieira aos deputados. Referindo que em 2003, ano em que se tornou presidente encarnado, já era “um empresário de renome da área dos pneus e do imobiliário”.
Vieira esclareceu que, em 2017, a dívida da Promovalor ao NB era de 227,3 milhões. Desses, 217 milhões eram referentes a capital, 8,9 milhões a juros e 1,4 milhões a comissões bancárias. “Não estou em incumprimento com o NB, nunca fugi e, quando chegar a altura, se estiver em incumprimento estarei presente e saberemos negociar”, disse.
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