Das 89 empresas que manifestaram interesse no concurso público internacional para a concessão da gestão do aterro sanitário dos Mulenvos, em Luanda, 52 são angolanas, segundo o secretário de Estado para o Planeamento.
Entre as restantes 37 empresas estrangeiras, predominam países como a França, Suécia, Itália, África do Sul e Namíbia, adiantou Milton Reis, num encontro com a imprensa.
O concurso está a decorrer no portal do Serviço Nacional da Contratação Pública e obedece às duas fases para o processo, nomeadamente, fase de qualificação, até 30 de maio, e fase de concurso, para a qual serão convidados os candidatos que satisfaçam os requisitos técnicos e financeiros.
O projeto de concessão, em parceria público-privada, para a gestão do aterro sanitário dos Mulenvos, foi aprovado por despacho presidencial, em 24 de março, e prevê a triagem e valorização dos resíduos sólidos através da reciclagem, venda de produtos reciclados, compostagem, incineração, biogás e produção de energia.
A capital angolana, com mais de oito milhões de habitantes, produz numa média anual 3,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos, de acordo com um estudo realizado pelo Ministério da Economia e Planeamento, que aponta ainda que 45% dessa produção de lixo tem potencial de reutilização como matéria-prima para a indústria, 35% como fertilizantes e os restantes 20% para a produção de energia.
O Governo angolano estima um investimento de cerca de 60 milhões de euros, para a requalificação do aterro, para o transformar num centro de valorização de resíduos.