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Três grandes projetos de colaboração entre Guangdong e Macau

Sandro Yang

Dois anos depois da publicação das “Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau”, a cooperação entre Macau e Guangdong tem vindo a desenvolver-se continuamente. O sistema de interação entre as duas regiões está cada vez mais consolidado, possibilitando investimentos constantes.

Há uma semana celebrou-se o “100º aniversário de Cooperação entre Guangdong e Macau”, ocasião para a assinatura de uma série de projetos de colaboração entre as duas regiões, na Cidade Inteligente Sino-Singapura Guangzhou. Tanto no distrito de Huangpu como na Zona de Desenvolvimento de Guangzhou, tem sido promovida a execução de três grandes projetos, incluindo a Zona-Piloto de Cooperação Intelectual Guangzhou-Macau, o Centro de Macau e a Torre de Macau, envolvendo um investimento total de 20 mil milhões de RMB.

Durante a cerimónia de assinatura do acordo estiveram presentes a Macao Juvenile Venture International Group Limited e a Guangzhou Development Zone Investment Group Co,Ltd., que aprovaram o projeto de criação da “Zona-Piloto de Cooperação Intelectual Guangzhou-Macau” e prometeram acelerar todo o processo de junção de recursos.

Este acordo mostra que o processo de criação da zona-piloto irá ser acelerado, assumindo um papel importante na construção da Área da Grande Baía como exemplo de colaboração entre Guangdong e Macau.

Várias empresas públicas como a Macao Juvenile Venture International Group Limited, a sucursal de Guangdong do Banco de Desenvolvimento da China, o Banco de Guangzhou, a Wanlian Securities, o Fundo Guangzhou Jinkong e o Grupo de Investimentos em Desenvolvimento Distrital de Guangzhou, finalizaram um acordo de cooperação estratégica onde se comprometem a desenvolver projetos de cooperação entre Guangdong e Macau.

Para todo o processo de cooperação entre as duas regiões, Governos e institutos de investigação de ambas as partes completaram uma série de acordos sobre cooperação em parques industriais, laboratórios e centros de inovação. Muitas empresas em Guangdong veem Macau como uma porta de acesso ao mundo exterior ou mercado internacional, possibilitando ainda que os recursos de capital, inovação e empreendedorismo da cidade sejam também direcionados a Guangzhou, a qual, por sua vez, possui mais espaço para desenvolvimento, investimento em cooperação e crescimento.

Como a economia mais livre do mundo e um ponto de encontro entre as culturas chinesa e ocidental, Macau possui vantagens únicas no que diz respeito à economia internacional e laços comerciais, tendo ainda larga margem para evoluir na interação com o mercado nacional. Já Guangzhou, apesar de ser uma cidade central no sul da China, um centro de transportes e um espaço urbano vibrante, precisa de desenvolver as ligações aos mercados internacionais e à cadeia industrial. Uma cooperação entre estas duas cidades irá assim aproveitar os pontos fortes de ambas e equilibrar os respetivos pontos fracos.

Tanto o distrito de Huangpu como a Zona de Desenvolvimento de Guangzhou têm ajudado a promover a cooperação entre estas duas cidades. Recentemente foram até publicadas medidas como as “10 políticas do distrito de Huangpu para Hong Kong e Macau de empreendedorismo juvenil” e as “8 políticas para desenvolvimentos de grandes talentos internacionais”, apoiando jovens de Macau a começarem os próprios negócios na Grande Baía e ajudando-os a fazerem parte do grande desenvolvimento da nação.

A Zona-Piloto de Cooperação Intelectual Guangzhou-Macau mencionada vai possibilitar que no futuro as duas regiões aprofundem a colaboração em áreas como a inovação científica, biossegurança e indústria da saúde, assim como a produção inteligente de produtos de medicina ocidental e medicina tradicional chinesa, reforçando ainda a integração de todas estas indústrias para a criação de um parque industrial de ciência e tecnologia moderno e aberto ao mundo, com base nas características de Hong Kong e Macau, e beneficiando da influência internacional. A zona está localizada na Cidade Inteligente acima mencionada, com uma área total de 10 quilómetros, incluindo um quilómetro reservado para empresas start-up.

Já o projeto para o centro comercial Centro de Macau depende da localização privilegiada em Yuzhu, distrito de Huangpu, com a possibilidade de criação de um centro científico, financeiro e de economia digital com caraterísticas de Hong Kong e Macau e poder de influência internacional. Este centro poderá assim juntar caraterísticas culturais e comerciais de Macau, incluindo até um espaço dedicado à arte tradicional da cidade, e integrar ainda as indústrias ligadas à ciência, tecnologia e finanças, com uma cooperação em três frentes, Guangdong, Macau e Portugal.

A Torre de Macau é um projeto para um ponto emblemático na zona a norte do Lago Kowloon, localizado na Cidade Inteligente. Com uma altura de 180 metros, o edifício será um “centro para empresas multinacionais de países de língua portuguesa”, focando-se em cooperação internacional e oferecendo serviços como centro consular, centro de conferências internacionais, hotel e complexo de apartamentos, espaços de trabalho criativo e ainda um centro cultural de língua portuguesa.

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