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As relações sino-americanas na era de Biden

Dinis ChanDinis Chan*

Mesmo depois da era de Trump ter chegado ao fim, o legado, incluindo medidas relativas à pandemia, economia, relações internacionais e problemas nacionais, apresenta várias questões que o governo de Biden deverá ter em consideração. As relações sino-americanas enfrentam atualmente o maior desafio desde o começo, e o respetivo futuro irá influenciar não só os interesses de ambos os países, como de toda a humanidade.

O ambiente internacional com a Parceria Económica Regional Abrangente (RCEP, sigla em inglês) em 2020, e com os acordos de investimento entre a China e a União Europeia, assim como com a atual pressão internacional e o regresso dos EUA à posição de liderança mundial, poderão levar a uma discussão mais racional dos EUA com a China. Porém, o lado conservador americano talvez pressione o presidente em direção a uma competição total com o país.

A nível comercial, Biden irá limitar os problemas de segurança nacional a áreas e produtos como tecnologia 5G, inteligência artificial, tecnologia de semicondutores avançados e computação quântica (“quintal pequeno, vedação alta”).

A semana passada, a 8 de abril, o Senado americano apresentou um ato de 283 páginas dirigido à China, intitulado “Ato de Competição Estratégia de 2021”, onde é exigido que Biden adote uma forma de competição estratégica com a China, protegendo e promovendo os “interesses e valores” americanos, e anunciando assim o início de uma tão aguardada medida bipartidária dirigida à China.

O resultado final desta competição poderá, em última análise, depender da capacidade da China em continuar a desenvolver-se e a fazer crescer o respetivo poder, atingindo finalmente um equilibro de poderes a nível mundial. Apenas de tal forma poderão os EUA dialogar com o país em pé de igualdade sobre os interesses mútuos.

*Diretor Executivo do Plataforma

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Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

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