Massacre foi o segundo a tiros no país em uma semana
Um homem visto ensanguentado e mancando foi preso pela polícia devido à suspeita de ter matado dez pessoas, inclusive um policial, em um mercadinho no estado norte-americano do Colorado, o segundo massacre a tiros no país em uma semana.
O atirador, que não foi identificado publicamente, abriu fogo em uma filial da King Soopers de Boulder, cerca de 45 quilômetros ao noroeste de Denver, no fim da tarde dessa segunda-feira (22), fazendo compradores e funcionários buscarem abrigo enquanto centenas de policiais corriam para o local.
Reportagens mostraram que o suspeito, que a polícia disse acreditar que agiu sozinho, estava armado com um rifle.
As autoridades deram poucos detalhes e não apresentaram nenhum motivo possível para a matança, que ocorreu seis dias depois de um homem armado cometer um massacre em uma área de Atlanta, matando oito pessoas a tiros em três spas antes de ser preso.
Como naquele caso, o episódio de violência no Colorado aconteceu em um ponto comercial e foi cometido por um único agressor armado.
“Estávamos no caixa quando os tiros começaram”, disse Sarah Moonshadow, uma cliente de 42 anos que estava na loja com o filho adulto, Nicholas.
“E eu disse ‘Nicholas, se abaixe’. E Nicholas se abaixou. E nós começamos a ouvir, eram disparos repetitivos… e eu disse ‘Nicholas, corra’.”
Moonshadow disse que tentou cuidar de uma vítima que viu caída na calçada diante da loja, mas que seu filho a afastou, dizendo “Temos que ir”.
A testemunha soluçou ao contar seu suplício, acrescentando: “Não consegui ajudar ninguém”.
A chefe de polícia de Boulder, Maris Herold, também se comoveu ao contar que dez pessoas morreram no local. Entre elas estava Eric Talley, policial de 51 anos, há 11 na força policial de Boulder, que Herold disse ter sido o primeiro a chegar à loja. Talley tinha sete filhos e estava procurando um emprego menos perigoso, de acordo com seu pai.
A polícia afirmou que o atirador acusado foi levado a um hospital para ser tratado dos ferimentos que sofreu no episódio, mas não explicou como se feriu. Não se sabe ainda quando ele pode ter que comparecer a um tribunal pela primeira vez.
A United Food and Commercial Workers International Union, que representa 32 funcionários da filial King Soopers, louvou alguns empregados da unidade por terem ajudado clientes a fugir por uma saída dos fundos.