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Google critica posição da Microsoft sobre pagamento de conteúdos jornalísticos

A Google mirou nesta sexta-feira na Microsoft, acusando a rival tecnológica de “distração” por apoiar os governos que buscam obrigar as plataformas a remunerar os meios de comunicação social pela produção de notícias

Em seu blog, a Google afirmou que a Microsoft tenta desviar a atenção do ataque potencialmente devastador aos servidores de correio Exchange realizados por hackers que se aproveitam das vulnerabilidades do software. O comentário é feito em meio a uma batalha acalorada envolvendo os esforços empreendidos na Austrália e em outros lugares para exigir que as plataformas negociem o pagamento pelo conteúdo jornalístico.

Google e Facebook resistem aos pagamentos obrigatórios, enquanto a Microsoft opta por uma postura de colaboração. Em carta dirigida a uma audiência no subcomitê do Congresso, o presidente desta última, Brad Smith, culpa o modelo de negócios da Google por “devorar” a receita de publicidade da qual as empresas de notícias dependem.

O vice-presidente de negócios globais da Google, Kent Walker, respondeu no blog criticando a conduta da Microsoft: “Fazem agora afirmações egoístas e estão dispostos, inclusive, a romper com a forma como trabalha a web aberta, em um esforço para eliminar um rival. Este debate importante deve ser sobre a essência da questão, e não ser desviado por mero oportunismo corporativo.”

Em sua carta, Brad Smith elogia o papel das organizações de notícias na defesa da democracia e reconhece que “a internet destruiu o já debilitado negócio da informação local, devorando as receitas com publicidade e atraindo os assinantes”.

A Microsoft pressionou para que outros países sigam o exemplo da Austrália, ao pedir que os veículos jornalísticos sejam pagos pelas notícias publicadas na internet, medida à qual se opõem Facebook e Google. “As notícias fazem parte, hoje, do ecossistema tecnológico, e todos nós que participamos desse ecossistema temos tanto a oportunidade quanto a responsabilidade de ajudar o jornalismo a prosperar”, assinalou Smith.

Os defensores da Google e do Facebook afirmam que o pagamento obrigatório pelos links de notícias mudariam totalmente a forma como a internet trabalha e acabariam prejudicando, em última instância, os serviço gratuitos oferecidos on-line.

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