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Produção industrial do Brasil regista queda de 4,5% em 2020

Lusa

A produção industrial no Brasil caiu 4,5% em 2020 face ao ano anterior, embora tenha recuperado a queda de quase 27% registada entre março e abril devido à pandemia de covid-19, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE)

Em dezembro passado, a produção industrial brasileira cresceu 0,9% face a novembro, a oitava alta mensal consecutiva.

A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE mostrou também que no último trimestre de 2020 o setor avançou 3,4%.

Mesmo com o desempenho positivo nos últimos meses, a indústria brasileira ainda se encontra 13,2% abaixo do seu nível recorde, alcançado em maio de 2011, segundo o IBGE.

Todas as quatro grandes categorias económicas pesquisadas pelo órgão que compila e divulga as estatísticas do Governo brasileiro, 20 dos 26 ramos da indústria, 53 dos 79 grupos e 60,6% dos 805 produtos pesquisados apontaram resultado negativos no índice acumulado em 2020.

Já o avanço de dezembro face a novembro alcançou três das quatro grandes categorias económicas em 17 de 26 ramos pesquisados pelo IBGE.

Para o responsável da pesquisa, André Macedo, o resultado mostrou uma regularidade de crescimento na produção industrial nos últimos meses já que o “perfil generalizado de expansão está presente neste período.”

Setorialmente, a indústria automobilística foi uma das mais afetadas pela crise derivada da pandemia, com contração de 28,1% em 2020, embora em números absolutos a maior queda tenha sido registada no segmento de gravação e impressão (38%), que traz junto atividades das indústrias de edição, música e software.

Em relação à queda nos setores de bens de consumo duráveis (19,8%) e capitais (9,8%), o gerente de Pesquisas do IBGE associou as quedas à evolução negativa da indústria automobilística.

“Ambas têm a dinâmica de produção muito associada à indústria de automotores. No caso da primeira, com influência dos automóveis, como os carros, e no caso da segunda, os equipamentos de transporte, como caminhões”, finalizou André Macedo.

Entre as seis atividades que registaram alta na produção no ano passado face a 2019, as principais influências positivas vieram dos produtos alimentícios (4,2%) e do coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,4%).

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