Início Moçambique Tempestade tropical que se formou no Oceano Índico entra hoje no centro de Moçambique

Tempestade tropical que se formou no Oceano Índico entra hoje no centro de Moçambique

A cidade da Beira, na província de Sofala, centro de Moçambique, está hoje em alerta devido ao mau tempo esperado pela passagem de uma tempestade tropical que se formou no Oceano Índico, informou o Instituto Nacional de Meteorologia.

A tempestade, apelidada de “Chalane” e que afetou também Madagáscar, deverá fazer-se sentir na Beira a partir da madrugada, com ventos entre 90 e 100 quilómetros por hora, disse na terça-feira à comunicação social Acácio Tembe, porta-voz do Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique.

“Neste sistema, os ventos são mais fracos em relação aos do Idai, mas os sistemas que têm ventos mais fracos trazem muita quantidade de precipitação”, alertou Acácio Tembe, numa alusão ao ciclone que se abateu sobre o centro de Moçambique em 2019, provocando 604 mortos e mais de 1,8 milhões de pessoas afetadas.

Além da província de Sofala, a tempestade tropical deverá atingir posteriormente parte das províncias da Zambézia e Manica, estando as autoridades a sensibilizar as populações para que abandonem as zonas de risco.

“Apesar de não serem como o Idai, estamos a falar de ventos destrutivos”, frisou o porta-voz do Instituto Nacional de Meteorologia.

A cidade da Beira, uma das principais do país, foi severamente afetada, estando ainda em processo de recuperação dos estragos provocados pelo Idai.

O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) em Sofala prevê que, no pior cenário, a tempestade tropical afete cerca de 71.070 pessoas, das quais 23.230 na cidade da Beira.

Entre os meses de outubro e abril, Moçambique é ciclicamente atingido por ventos ciclónicos oriundos do Índico e por cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral, além de secas que afetam quase sempre alguns pontos do sul do país.

Além do Idai, pouco tempo depois, em abril, o norte de Moçambique foi afetado pelo ciclone Kenneth, que matou 45 pessoas e afetou outras 250 mil.

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