Deborah Birx anunciou que deixará o cargo assim que o Presidente eleito Joe Biden assumir em 20 de janeiro. A responsável foi criticada por apelar aos americanos para ficarem em casa no Dia de Ação de Graças e depois desse feriado ter participado num encontro da sua família
“Vou-me embora”, disse a coordenadora da unidade de pandemia da Covid-19 da Casa Branca à emissora Newsy na terça-feira (22). A porta-voz da Casa Branca, Kayleigh McEnany, confirmou a saída de Deborah Birx.
A ex-militar de 64 anos, uma especialista de renome mundial na luta contra a Sida, foi recentemente criticada por ter participado de um encontro de família em Delaware, no final de novembro, depois do Dia de Ação de Graças, quando pediu aos americanos que ficassem em casa para conter a pandemia.
“Esta experiência tem sido um pouco esmagadora. Tem sido muito difícil para minha família”, desabafou a responsável à televisão Newsy.
Antes deste episódio, Birx – que juntamente com o epidemiologista Anthony Fauci incarnou desde fevereiro a ala científica da unidade antipandemia do governo – já tinha a sua reputação beliscada.
Apesar de defender medidas sanitárias para prevenir a propagação do vírus, Deborah Birx não foi firme o suficiente diante de um presidente – Donald Trump – que minimizou a importância da pandemia e espalhou desinformação.
Quando Trump levantou a ideia de injetar desinfetante e de usar luz ultravioleta dentro do corpo para combater a covid-19, Birx juntou as mãos e desviou o olhar.
Também apresentou gráficos coloridos com o objetivo de mostrar que os Estados Unidos estavam prestes a descer do pico da pandemia. Esta previsão mostrou-se bem contrária à realidade.
A presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, chegou a afirmar que não confiava em Birx e que a equipa de Biden não dera qualquer indicação de que pretendia mantê-la a bordo.
