Pesquisadores brasileiros descobriram uma nova linhagem do novo coronavírus em circulação no Rio. Ainda não há evidências de que ela possa ser mais transmissível ou letal, mas os cientistas defendem a ampliação do monitoramento genético do vírus para identificar a evolução da pandemia a partir de novas cepas.
A nova linhagem foi descoberta por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, a partir do sequenciamento genético do vírus encontrado em 180 pacientes infectados pelo SARS-CoV-2 entre abril e novembro deste ano no Estado do Rio. A nova linhagem foi identificada em 38 amostras deste grupo.
O achado foi apresentado em artigo publicado no site do LNCC e submetido à plataforma online MedRxiv, portanto ainda sem revisão de outros cientistas. No texto, os especialistas explicam que a nova cepa nasceu a partir de cinco mutações na linhagem B.1.1.28, uma das predominantes no Estado do Rio. Eles destacam que a ocorrência da nova cepa pode estar relacionada ao aumento de casos observado a partir de outubro no Estado (e que também ocorre em todo o País).
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