Moçambique canalizou até novembro 54% dos 700 milhões de dólares (573 milhões de euros) pedidos a parceiros internacionais para enfrentar a pandemia de covid-19, anunciou hoje o Presidente da República, Filipe Nyusi.
“Este valor [379 milhões de dólares, 310 milhões de euros] foi distribuído para prevenção, tratamento, perdas [devido ao abrandamento económico] e transferências para as famílias e micro-negócios”, referiu, durante a sessão de informação sobre o estado da Nação, no parlamento.
Nyusi defendeu transparência e, a propósito, salientou que os números estão publicados no portal do Ministério da Economia e Finanças.
O abrandamento económico trouxe noites de insónias, referiu, mas “apesar de todos os constrangimentos, a vida em Moçambique não parou”, destacou.
O chefe de Estado anunciou para quinta-feira uma comunicação à Nação no âmbito da covid-19 no contexto da quadra festiva, acrescentou, remetendo para a altura mais detalhes sobre o impacto da pandemia em Moçambique.
No final de uma intervenção de três horas no parlamento, o chefe de Estado moçambicano considerou hoje que o estado da Nação é de “resposta inovadora e renovada esperança”, após um ano em que enfrentou ameaças inéditas ao nível do terrorismo no norte do país e da pandemia de covid-19.
Após cinco meses de estado de emergência iniciados a 01 de abril para implementação de medidas de prevenção do contágio, o país entrou a 07 de setembro na fase de estado de calamidade por tempo indeterminado, definindo a retoma faseada das atividades económicas no país.
Moçambique tem um total acumulado de 144 mortes e 17.042 casos de covid-19, dos quais 88% recuperados.