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Viver em Angola ou na China e ter aulas em Portugal

Alexandra Inácio

Viver em França, Dinamarca, Iraque ou Angola e ter aulas em duas secundárias portuguesas é possível? Sim, é. O número de estudantes em cursos de Ensino Secundário Recorrente à Distância (ESRaD) quase quadruplicou desde 2016. E são cada vez mais os emigrantes que optam por esta modalidade.

Com aulas síncronas diárias à noite, o limite é o fuso horário, explicam os diretores das secundárias sede do projeto (Felismina Alcântara, em Mangualde, e Camões, em Lisboa), António Figueiredo e João Jaime Pires, que já tiveram de recusar candidaturas de Timor e da China.

Sérgio Silva emigrou em 2013 para Munique, na Alemanha. Trabalha num campo de refugiados, assumiu responsabilidades com o passar do tempo e percebeu que estranhavam não ter sequer o Secundário. Sempre gostou de estudar, a vida é que o afastou da escola. Por isso, em 2018, quando viu um anúncio na Internet sobre o ESRaD na Secundária de Mangualde, candidatou-se e este ano está a terminar o 12.º em Ciências Socioeconómicas. Não fosse esta modalidade e nunca pensaria, como agora, prosseguir para o Ensino Superior, também num regime online na Universidade Aberta ou numa instituição alemã.

Há cinco anos inscreveram-se no ESRaD, 77 estudantes (47 em Mangualde e 30 no Camões); este ano, já se candidataram 303 (as matrículas terminam na primeira semana do 2.º período). O objetivo do projeto era o de levar mais adultos a concluir o Secundário. Inicialmente, o curso era procurado essencialmente por alunos com mais de 40 anos; agora são cada vez mais os que têm menos de 20 anos. Cerca de um quinto vive no estrangeiro. Do país, são de norte a sul, incluindo ilhas.

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