Uma mulher de 25 anos residente em Chemba, centro de Moçambique, morreu na segunda-feira atacada por um crocodilo quando ia buscar água a um rio, anunciaram as autoridades locais.
De acordo com o secretariado permanente distrital, o número de mortes provocadas este ano por crocodilos, apenas no distrito de Chemba (província de Sofala), subiu agpra para sete casos.
Ataques por crocodilos têm preocupado as comunidades dos ditritos banhados pelo rio Zambeze, no norte da província central de Sofala. No entanto, a população utiliza a água do rio para consumo, lavagem de roupa e até para tomar banho.
Numa reportagem realizada pela DW África em 2019, ficou registado que a maioria das pessoas tem consciência do perigo que enfrentam quando recorrem ao rio para obtenção de água, mas em contrapartida, os custos do recurso natural, que raramente sai das torneiras e fontenários, é muito caro.
“Podemos ter medo dos crocodilos mas pensamos que o fornecimento da água está muito caro, todos dias nós precisamos de dinheiro para pagar a água da torneira! Por isso vamos apanhar a água do rio única forma de conter os custos”, explicou o residente local Messe Djó à DW África.
O governo tem procurado evitar este tipo de situações, fornecendo armas às comunidades locais, que permitam afugentar os animais e controlo da população da espécie atraés da formação de caçadores, mas várias pessoas continuam a ser vítimas de ataques.
Estima-se que pelo menos 70 pessoas morrem por ano nos distritos de Marromeu, Chemba e Caia vítimas de ataques de crocodilos. Os hipopótamos e elefantes também têm ameaçado as populações.
De acordo com os dados mais recentes do Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (Mitader), que remontam já a 2016, o crocodilo e o elefante estão entre os animais selvagens que fazem mais vítimas no país.
Em 2016, pelo menos 95 pessoas morreram na sequência de ataques de animais selvagens em Moçambique, das quais 43 vítimas de ataque de crocodilos e dez devido a investidas de elefantes.