Sérgio Godinho chega esta segunda-feira aos 75 anos e celebra a data com público, no palco, em Lisboa. Ao JN, confessa que voltar a atuar é como “voltar a respirar”
Sem Sérgio Godinho, seriam outras as nossas canções de amor e contestação, e outros os nossos hinos à liberdade. “Só se pode querer tudo quando não se teve nada. Só quer a vida cheia quem teve a vida parada”, escreveu em 1974, ao mesmo tempo que ia cravando na música os pequenos passos que íamos trilhando em democracia.
Sem Sérgio Godinho, compositor e cantor, poeta e escritor, figura portuense e de proa da música portuguesa, o país teria sido mais magro porque menos biografado. Como naquele “Primeiro dia”, que cantamos desde 1978. “Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo, dá-se a volta ao medo e dá-se a volta ao mundo (…) E vem-nos à memória uma frase batida, hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.”
Na vida de Godinho, começa esta segunda-feira o ano 75, data que será celebrada, às 21 horas, no palco do Teatro Maria Matos, em Lisboa. Voltar aos palcos, diz ao JN, “é voltar a respirar, é voltar a pôr em movimento o sangue que temos dentro”. Faltava-lhe “o gozo de um concerto ao vivo e a cumplicidade que se gera entre músicos e público”. Inversamente, cansava-se das restrições. “Foi-nos negado, de maneira súbita e dramática, a possibilidade de atuar. Isso teve muitas consequências, também financeiras.”
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