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Macau: Maioria dos alunos não quer regressar a Portugal

A maioria dos 178 alunos residentes em Macau que estão inscritos em instituições de ensino superior em Portugal não pretendem regressar ao país neste ano letivo, informaram na quinta-feira as autoridades do território.

A chefe da Divisão de Apoio aos Estudantes das Instituições do Ensino Superior, Vong Iut Peng, disse que há “178 estudantes […] dispersos por 14 instituições de ensino superior em Portugal”, mas que a maior parte não quer regressar ao país neste ano letivo.

“A maior parte desses estudantes não pretendem regressar a Portugal para continuar [os seus] estudos, tendo em conta a situação epidemiológica em Portugal”, disse Vong Iut Peng, durante a conferência bissemanal de acompanhamento da pandemia no território, sem no entanto precisar o total dos que não querem retomar as aulas.

A responsável pelo apoio aos alunos acrescentou que alguns também “manifestaram a sua dificuldade em arranjar transportes para se deslocarem a Portugal”, em alusão à dificuldade para obter voos para a Europa.

A chefe do serviço de apoio do ensino superior garantiu que o Governo tem estado atento a estes estudantes, tendo feito contactos com “instituições representativas do ensino superior em Portugal, para obter algumas informações para os alunos de Macau”, nomeadamente com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).

Os “alunos que não conseguem chegar a Portugal podem requerer o adiamento do início do ano letivo”, informou Vong Iut Peng: “A maior parte das instituições do ensino superior irão iniciar as aulas no ano letivo de 2020/2021 de forma presencial”, apontou. “No entanto, se houver necessidade, algumas cadeiras serão dadas ‘online'”, acrescentou.

A responsável precisou também que, caso os alunos beneficiários de bolsas de estudo queiram “suspender o ano letivo”, deverão informar a instituição respetiva, para ser efetuada “a suspensão da atribuição da bolsa”.

A responsável apelou ainda aos que se desloquem a Portugal para que mantenham os cuidados para evitar a propagação da doença.

“Espero que os estudantes e os encarregados de educação tomem maior atenção à sua segurança, no que diz respeito à sua deslocação até Portugal”, apelou.

Em 07 de agosto, as autoridades de Macau anunciaram a realização, a título excecional, de cinco voos para a Europa a partir do aeroporto do território, para permitir o regresso dos estudantes inscritos em universidades no estrangeiro no próximo ano letivo, incluindo portugueses.

Os cinco voos, com destino ao Reino Unido (Londres) e França, são operados pela companhia aérea de Taiwan Eva Air, com escala na capital, Taipé, precisaram então as autoridades.

“À chegada, os alunos podem optar por viajar para Portugal e outros países e preparar-se para o início das aulas”, apontou na altura o executivo.

Um dia antes, em 06 de agosto, alguns pais de alunos finalistas da Escola Portuguesa de Macau estiveram reunidos com o cônsul, para solicitar ajuda na organização de um voo ‘charter’ para cerca de 40 alunos, segundo o jornal local Hoje Macau, com o diplomata a indicar que tal não seria viável, de acordo com a mesma fonte.

As autoridades de Macau confirmaram também hoje que os alunos inscritos em instituições de ensino no território que não disponham de visto não vão poder regressar para frequentar os cursos em que estão inscritos.

Macau registou 46 casos de covid-19 desde o início da pandemia, no final de janeiro, não contando atualmente com nenhum caso ativo.

Apesar disso, as entradas no território continuam a ser limitadas a cidadãos chineses e residentes.

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