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No livro de ensaios que o imortal Antonio Carlos Secchin reedita para celebrar o centenário de João Cabral de Melo Neto, chama atenção um inédito que discute a progressiva desavença dele com outro dos nossos maiores poetas: Carlos Drummond de Andrade.
O texto conta que Drummond se referia ironicamente a “Uma Faca Só Lâmina”, um dos poemas mais conhecidos de Cabral, como “uma faca salame”. Também passou para a frente, de modo ostensivo, um exemplar com dedicatória de “Museu de Tudo”, livro cabralino de 1975.
Pouco se sabe sobre as razões da rusga, que nunca foi admitida em público. Mas é revelador que os dois poetas tenham trocado 61 correspondências de 1940 a 1957 e, entre esse ano e a morte de Drummond, três décadas depois, apenas uma —que nem teve seu recebimento comprovado.
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