Estudo mostra que os espanhóis são favoráveis ao uso de máscara, mesmo em espaços abertos. Mas a medida não é consensual entre os especialistas.
Os espanhóis e os italianos já se habituaram a usar a máscara nos espaços públicos, mesmo que estejam ao ar livre. Segundo o jornal El País, ao contrário da França ou do Reino Unido, nos últimos meses os espanhóis adotaram um hábito que até aqui só estava enraizado no Oriente: o uso de máscara no quotidiano para evitar a disseminação de infeções, sobretudo na época da gripe.
Para os especialistas, as razões para a adoção generalizada da máscara pelos espanhóis passam pela educação e pela vontade cumprir as regras definidas pelas autoridades, mas também pelo medo após o surto que provocou mais de 28 mil mortos no país.
Assim, parece que os espanhóis já estão conformados a viver com o rosto tapado. De acordo com um estudo realizado pelo Imperial College London em vários países (nove dos quais europeus), os espanhóis foram os que aceitaram melhor o uso de máscaras: no país, a grande maioria da população é muito favorável (mais de 60%) ou favorável ao seu uso. Estas são percentagens semelhantes às dos países asiáticos. No outro extremo estão os nórdicos, com a Finlândia onde apenas 35% se declaram dispostos a usá-la se as organizações internacionais o aconselharem.
Esta mudança aconteceu em Espanha muito rapidamente. Apenas a 2 de maio o uso de máscara se tornou obrigatório nos transportes públicos e a 21 de maio, uma nova regra foi introduzida impondo a máscara sempre que a distância de segurança não possa ser garantida. Dois meses antes, a República Checa havia sido o primeiro país europeu a forçar a cobertura da boca em supermercados, farmácias e transportes públicos. Mais seis países se seguiram antes de a obrigatoriedade ser decretada em Espanha (incluindo Portugal). No entanto, em apenas m mês, entre meados de maio e o final de junho, o uso de máscaras generalizou-se. No início da pandemia, um em cada cinco espanhóis declarou não aceitar o uso de máscaras. Atualmente, apenas apenas 7,3% não a aceitam. Parece que a Espanha se tornou o Japão da Europa.
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