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Falta de cooperação agrava impacto socioeconómico da pandemia na América Latina

Cui Yuanlei, Chen Weihua e Shooka Shemirani

Quatro países da América Latina e Caraíbas, uma das últimas regiões atingidas pela pandemia da COVID-19, estão entre os 10 principais países do mundo em casos confirmados. A falta de sinergias eficientes tem agravado os efeitos do vírus.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o segundo lugar, somente depois dos Estados Unidos, após ultrapassar os 2 milhões de casos na quinta-feira. Logo depois, vêm Peru, Chile e México, em nível regional, cada um com mais de 300.000 casos.

Indiscutivelmente, a localização geográfica dá à América Latina uma vantagem – tempo para se preparar antes da chegada da pandemia – mas a falta de sinergia eficaz, a disparidade no desenvolvimento regional e a pobreza minaram seu avanço, levando a crises de saúde catastróficas e crises económicas que podem levar anos para reparar, dizem especialistas.

EPICENTRO REGIONAL

Em 11 de março, uma mulher de 57 anos, hospitalizada em São Paulo, a maior cidade do Brasil, deu positivo para o coronavírus. Um dia depois, ela estava morta – a primeira fatalidade de COVID-19 documentada no Brasil.

Nos quatro meses seguintes, a doença matou mais de 76.000 vidas e infetou mais de 2 milhões no país, segundo o Ministério da Saúde. Entre os infetados estava o presidente Jair Bolsonaro, que deu positivo em 7 de julho.

A próspera e industrializada costa sudeste do Brasil, que abriga os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, tornou-se o epicentro do país, enquanto o vírus se espalhou para regiões mais pobres do interior, com poucos recursos para enfrentar uma emergência de saúde.

A COVID-19 atingiu 96,4% dos municípios brasileiros, sem sinais de desaceleração, segundo o ministério.

Os observadores acreditam que a verdadeira escala da epidemia no Brasil é muito maior, devido à subnotificação em áreas remotas, infecções assintomáticas e falta de testes.

A contagem real pode ser “três ou cinco vezes maior”, disse a especialista em doenças infecciosas Ana Lucia Reis à Xinhua.

Os surtos no Peru e no Chile, classificados em segundo e terceiro respectivamente nos casos da região, pareciam ter atingido o nível mais alto, com mais de 330.000 casos e mais de 12.000 mortes no primeiro e mais de 320.000 casos e mais de 7.000 no segundo.

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