Ao tomar posse como novo ministro da Educação, o pastor presbiteriano Milton Ribeiro defendeu diálogo com académicos, Estado laico e o ensino público. Ele citou como focos da sua gestão a educação infantil e o ensino profissionalizante. O presidente Jair Bolsonaro participou através de videoconferência.
“Tenho a formação religiosa. Meu compromisso, que assumo hoje, ao tomar posse, está bem firmado e bem localizado em valores constitucionais, da laicidade do estado e do ensino público. Assim, deus me ajude”, declarou Ribeiro ao assumir formalmente o cargo. Ele é advogado, teólogo e pastor presbiteriano.
A indicação de seu nome para a pasta foi atribuída ao ministro da Secretaria-geral, Jorge Oliveira, e ao ministro da Justiça, André Mendonça, também presbiteriano. Entre as características que fizeram com que Ribeiro fosse escolhido, está o “apreço à família e aos valores”, dizem conhecidos e integrantes do governo. Ribeiro foi vice-reitor do Mackenzie, quando o reitor era o ex-governador Claudio Lembo, mas é desconhecido entre especialistas da educação.
O novo ministro contou que, ao ser convidado para a função, Bolsonaro destacou que queria priorizar a educação infantil e o ensino profissionalizante no MEC. E assumiu o compromisso para seguir a orientação. “Quando recebi o honroso convite por parte do senhor presidente para assumir o MEC, entre outras coisas, ele me disse: ‘olhe com carinho para a educação das crianças e ao ensino profissionalizante’. Hoje, publicamente, assumo o compromisso de que seguiremos essa orientação”, afirmou. “Ainda, através do incentivo a cursos profissionalizantes, desejamos que os jovens tenham uma ponte ao mercado de trabalho. Uma via para que atinjam o seu potencial de contribuição para o nosso País”, acrescentou.
Ele também afirmou que quer “abrir um grande diálogo para ouvir os acadêmicos e educadores”. E citou que, assim como ele, os professores estão “entristecidos com o que vem acontecendo com a educação em nosso país”. “Haja vista nossos referenciais e colocações no ranking do Pisa”, disse, citando a avaliação mundial de educação em que o Brasil está entre os 20 piores colocados.
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