As primeiras imagens do Sol transmitidas pelo satélite europeu Solar Orbiter permitiram ver explosões à superfície da estrela que nunca tinham sido observadas com tal pormenor, afirmou esta quinta-feira a Agência Espacial Europeia (ESA).
O que os cientistas chamam de “fogueiras” são “parentes pequenos das explosões solares que podemos observar a partir da Terra, milhões ou milhares de milhões de vezes menores”, afirmou o investigador David Berghmans, do Observatório Real da Bélgica.
As imagens foram captadas quando a Solar Orbiter estava a 77 milhões de quilómetros do Sol, a meio caminho entre a Terra e a estrela.

Segundo a ESA, os cientistas desconhecem para já se as “fogueiras” são como as explosões grandes, mas em ponto pequeno, ou se têm uma explicação diferente, mas teorizam que podem estar a contribuir para “um dos fenómenos mais misteriosos do Sol”.
“Estas fogueiras são totalmente insignificantes, mas, ao somar os seus efeitos em todo o Sol, podem ser a contribuição dominante para o aquecimento da coroa solar”, afirmou Frédéric Auchère, do Instituto de Astrofísica Espacial de França.
A coroa solar é a camada mais externa do Sol, que se projeta milhões de quilómetros para o espaço a uma temperatura de um milhão de graus centígrados, enquanto à superfície da estrela a temperatura ronda os 5.500 graus.
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