Portugal olha para a Austrália para avaliar como poderá ser a evolução do novo coronavírus no próximo inverno.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse esta tarde que Portugal está a olhar para a situação epidemiológica da Austrália ao nível da Covid-19. O país é visto como o “grande radar” do hemisfério sul que está agora no seu inverno, para prever o que possa acontecer nos meses frios na Europa.
Sobre a Austrália, disse: “Tiveram uma primeira onda [de covid-19], conseguiram baixá-la e até tiveram um período com números bastante baixos de casos. Neste momento, enfrentam uma segunda onda que parece ser simétrica à primeira”.
Graça Freitas indicou ainda que este é “um país altamente desenvolvido do ponto de vista da saúde, dos estudos e da vigilância epidemiológica que faz”.
Mas afinal, o que se passa na Austrália, que Graça Freitas disse ser “o grande país de observação”?
A saber, no seu último boletim sobre os dados do coronavírus, a Austrália contabiliza 10 495 casos de covid-19 desde o início da pandemia (o primeiro caso foi identificado a 25 de janeiro). Já fez mais de 3,2 milhões de testes.
Entre os casos confirmados, 7928 já estão recuperados e houve a lamentar 111 mortes (uma nesta quarta-feira), pelo que o número de casos ativos é de 2456. Há também 111 pessoas hospitalizadas, sendo que 28 estão nos cuidados intensivos (27 delas no estado de Victoria).
A primeira vaga de casos atingiu o país entre meados de março e meados de abril, com o pico em final de março — o pior dia foi 28, com 469 casos novos. Desde finais de abril até meados de junho, os casos ficaram normalmente abaixo das duas dezenas (a 9 de junho só houve dois novos casos).
Em maio, a Austrália — que proibiu as viagens internacionais — era apresentada como um exemplo de sucesso na contenção da covid, começando a levantar as restrições que tinham sido impostas e a prever um regresso ao normal (ou à normalidade possível) no final de julho.
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