O projeto Hidroelétrico da Mphanda Nkuwa, para construção de uma nova barragem no centro do país, está avaliado em quatro mil milhões de dólares (3,5 mil milhões de euros), disse hoje à Lusa o diretor do Gabinete de Implementação.
“Deste montante 50% será destinado à central hidroelétrica e o remanescente à componente da linha de transporte de energia Tete-Maputo”, disse Carlos Yum.
Prevista há vários anos para produção de eletricidade, a ideia de Mphanda Nkuwa foi, contudo, relançada em 2018 pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi. Assim, esta poderá ser a maior barragem de Moçambique depois de Cahora Bassa. Situada 60 quilómetros a jusante desta, também no rio Zambeze, interior centro de Moçambique, cerca de 1.500 quilómetros a noroeste de Maputo, a capital moçambicana.
Carlos Yum considera que a barragem é um “projeto estruturante”, na medida em que a energia vai abastecer também o mercado regional.
“Então, a linha vai funcionar como uma autoestrada, no futuro outras centrais poderão utilizar parte da infraestrutura, tanto a nível interno como regional”, acrescentou Carlos Yum. O dirigente foi empossado na quarta-feira para o cargo de diretor do Gabinete de Implementação do Projeto Hidroelétrico da Mphanda Nkuwa.
Até a data da sua nomeação, Carlos Yum era administrador da Eletricidade de Moçambique.
Em setembro de 2019, no entanto, o Governo moçambicano selecionou um consórcio de quatro empresas para prestar assistência técnica na elaboração do projeto.
Há um ano, o vice-ministro da Energia e Recursos Minerais, Augusto de Sousa, referiu que a barragem deverá demorar mais uma década até estar concluída.