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“O exemplo de Portugal mostra claramente como a situação é frágil”

João Francisco Guerreiro

Em entrevista à TSF e ao DN, a comissária europeia da Saúde sublinha que é preciso continuarmos vigilantes. “Estamos numa fase diferente desta pandemia, mas ainda não nos livrámos disto”, disse. O atual momento é débil e os países têm de tomar medidas, defende.

Assume-se apaixonada por futebol, mas espera que a saúde pública impere, na hora de decidir sobre a assistência na final da Champions, em Portugal. A comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, afirma que é preciso ser vigilante com o coronavírus e apela às entidades nacionais para tomarem medidas, sempre que a proteção das pessoas esteja comprometida.

Entrevistada em Bruxelas, pela TSF e DN, a comissária afirma que a evolução do número de casos em Portugal mostra como a situação é frágil, mesmo em regiões onde a situação parecia controlada, e defende que a retoma das viagens requer cuidados redobrados dado o potencial aumento das infeções por coronavírus.

Sim, claro, estou a par da situação em Portugal, como estou a par da situação em todos os Estados-membros, porque tenho as atualizações diárias que o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC)faz. A diminuição das medidas de contenção e a retoma das viagem não pode ser isenta de riscos. E, é claro, sabemos que também há zonas noutros Estados-Membros em que se observa um aumento nos surtos locais. Todas as medidas precisam de ser tomadas para isolar esses surtos o mais rápido possível, [que é] o que os Estados-membros estão a fazer atualmente.

Existe preocupação na Comissão Europeia com a situação em Portugal?

Penso que o que precisamos entender – que é o que tenho dito desde o início – é que, enquanto o vírus estiver aí, ele estará a circular entre nós. E é por isso que tínhamos as diretrizes do roteiro sobre como diminuir as medidas de contenção, e as orientações sobre como retomar as viagens, o turismo e a aviação. O importante é que tenhamos esse nível de preparação nos Estados-membros. Então, eles testam, fazem rastreamento de contactos e, onde virem surtos localizados, são capazes de os conter. Juntamente com os cidadãos, percebendo que a Covid-19 anda a circular por aí. E precisamos de continuar vigilantes. Precisamos de continuar a fazer distanciamento social, fazer a higiene das mãos, porque ainda não superámos isto. Estamos numa fase diferente desta pandemia. Mas ainda não nos livrámos disto.

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