Início Política Governos de África estão “entre a espada e a parede” na gestão da pandemia

Governos de África estão “entre a espada e a parede” na gestão da pandemia

“A Organização Mundial de Saúde (OMS) é um parceiro global e a organização na qual todos procuramos orientação e apoio. Por isso, o corte dos seus fundos irá definitivamente ter impacto na capacidade dos países de responderem adequadamente”, disse John Nkengasong.

O diretor do Africa CDC falava hoje aos jornalistas, em Adis Abeba, durante a conferência semanal sobre a evolução da pandemia no continente.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na terça-feira que vai suspender a contribuição do país para a OMS, justificando a decisão com a “má gestão” da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Durante o encontro com os jornalistas, o responsável do África CDC renovou os apelos à solidariedade dentro e fora de África no combate ao novo coronavírus, considerando que a doença “não será derrotada em nenhuma parte do continente se não for em todo o continente”.

Reconhecendo os fortes impactos nas famílias mais pobres dos prolongados confinamentos obrigatórios que estão ser implementados num crescente número de países como forma de travar a propagação do vírus, Nkengasong sulinhou que “os ganhos dessa dor a longo prazo serão incalculáveis”.

“Estamos entre a espada e a parede” no equilíbrio entre a saúde e as necessidades económicas, disse.

Questionado sobre relatos que dão conta de alegados abusos das forças de segurança para impor o confinamento em alguns países, o responsável do Africa CDC defendeu que as forças de segurança devem ser treinadas no uso de métodos não violentos para controlar as populações.

O número de mortes por covid-19 em África subiu hoje para 910 num universo de 17.212 infeções registadas em 52 países.

O número de doentes recuperados é agora de 3.546.

O diretor do África CDC assinalou que, numa semana, o número de infeções no continente registou um aumento de quase 50% e que a taxa média de letalidade da doença se situa nos 6%.

África do Sul, Egito, Argélia, Marrocos e Camarões são os países com mais casos registados da doença.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 133 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 436 mil doentes foram considerados curados.

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