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Perdão do FMI a Moçambique deve ser aplicado em novos apoios à economia

O perdão de 15 milhões de dólares no serviço da dívida de Moçambique pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) vai aliviar as contas do Estado moçambicano e abrir espaço para a concessão de novos apoios, disse o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).

“Este perdão vai permitir libertar 15 milhões de dólares do serviço da dívida para outras rubricas, que podem ser a protecção social, o apoio a pequenas e médias empresas ou mesmo prover às necessidades do sistema nacional de saúde”, comentou em exclusivo ao jornal O País o presidente da CTA, Agostinho Vuma.

Na opinião da CTA, maior organização empresarial do país, o valor devia ser aplicado no pacote de mitigação dos efeitos do Covid-19, numa das rubricas acima mencionadas.

A proposta de Orçamento do Estado para 2020 contempla uma despesa de 570 milhões de dólares para o serviço da dívida, sendo que este perdão de 15 milhões de dólares irá proporcionar algum alívio às contas do Estado moçambicano.

A representação permanente do FMI em Moçambique divulgou um comunicado em Moçambique dando conta da decisão de suspender o pagamento do serviço da dívida de Moçambique para o período entre 14 de Abril e 13 de Outubro do ano corrente.

O comunicado acrescenta que o perdão em questão foi aprovado pelo Conselho de Administração da instituição financeira internacional no âmbito do Fundo Fiduciário para o Alívio e Contenção de Catástrofes (CCRT, na sigla em inglês).

Além de Moçambique, outros 24 países, casos da Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, beneficiam da suspensão do pagamento do serviço da dívida ao FMI nos próximos seis meses como parte da resposta do Fundo Monetário Internacional para ajudar a lidar com o impacto da pandemia de Covid-19.

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