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ASEAN deve dar continuidade ao avanço positivo das relações

Uma série de interações de alta visibilidade entre a China e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês) este mês transmitiu uma forte mensagem para o resto do mundo: Os dois lados estão a fazer esforços conjuntos para aprofundar a cooperação e impedir elementos exteriores de interferirem em assuntos regionais.

O primeiro-ministro Li Keqiang esteve presente na 19ª reunião de líderes ASEAN-China e na 19ª reunião de líderes ASEAN-China, Japão e República da Coreia que tiveram lugar em Vientiane, Laos, no dia 7 de setembro. A China desempenhou papéis importantes em ambos os mecanismos, os quais, ao longo dos anos, têm servido como grandes vias de integração regional.

No dia 11 de setembro, a 13ª Expo China-ASEAN teve início em Nanning, a capital da região autónoma de Guangxi Zhuang no sul da China. O evento anual tornou-se numa das principais plataformas para a China e os estados membros da ASEAN mostrarem os frutos da sua cooperação, estabelecerem novos acordos comerciais e discutirem formas de aprofundar as relações.

Tais interações de alto nível não só ajudaram a fortalecer as relações de boa vizinhança da China com o bloco regional de dez membros mas também tornaram as duas partes mais confiantes relativamente às suas capacidades e conhecimentos para lidar de forma apropriada com as suas diferenças e contribuir para a paz e desenvolvimento regionais.

É certo que as relações entre os dois lados têm sido ensombradas pelas recentes disputas entre a China e alguns estados membros da ASEAN relativamente ao Mar do Sul da China. Alguns no Ocidente desenvolveram até uma tendência de retratar as disputas como uma discórdia aberta entre os dois lados sempre que é realizada uma reunião de alta visibilidade entre os seus líderes.

Depois de um tribunal arbitral em Haia decidir a favor das Filipinas na sua disputa com a China sobre o Mar do Sul da China em julho, alguns elementos com interesses particulares acharam que as reuniões da Cúpula do Leste Asiático em Laos seriam a ocasião perfeita para angariar mais uma vez sentimentos anti-China. Contudo, aqueles que albergavam tais sentimentos ficaram desapontados, já que os líderes da China e dos estados membros da ASEAN prometeram aliviar as tensões no Mar do Sul da China e aprofundar a sua cooperação.

Os dois lados concordaram, entre outras coisas, em criar uma linha direta para que os seus diplomatas superiores possam avaliar e abordar as emergências no mar. Emitiram também um comunicado conjunto sobre a aplicação do Código para Encontros Não Planeados No Mar, um acordo internacional alcançado em 2014 para reduzir as probabilidades de incidentes marítimos no Mar do Sul da China. Estes acordos significativos irão ajudar a fortalecer a confiança estratégica entre as duas partes e a tornar o Mar do Sul da China num lugar verdadeiramente pacífico e estável.

Nas suas observações sobre a cúpula 10+1, o primeiro-ministro Li Keqiang também falou da perspetiva de um código de conduta, o qual as duas partes têm vindo a negociar há três anos para abrir caminho à implementação da Declaração sobre a Conduta das Partes no Mar da China Meridional de 2002. A China propôs um quadro para o código de conduta a ser completado antes da Reunião de Ministros dos Negócios Estrangeiros da ASEAN em julho do próximo ano.

Sob o olhar do resto do mundo, a China e a ASEAN exerceram uma forte vontade política e fizeram esforços concretos para se manterem longe dos obstáculos às suas relações bilaterais. Tal como o primeiro-ministro Li Keqiang afirmou em Vientiane, a prosperidade e desenvolvimento regionais dependem da paz e estabilidade no Mar do Sul da China. As lições de outras regiões do mundo que se depararam com alguma turbulência demonstram como é importante que os elementos regionais mantenham a paz e a estabilidade em todos os momentos.

Os países asiáticos devem valorizar o ambiente pacífico arduamente conquistado da região, porque ele tem sido a base do seu desenvolvimento económico e social nos últimos anos. Os frutos das relações China-ASEAN nos últimos 25 anos mostram que a cooperação saudável entre os dois lados serviu de alicerce ao desenvolvimento regional, e existem todas as razões para que as duas partes deem continuidade a esta dinâmica desejável.

Wang Hui

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Meio de comunicação social generalista, com foco na relação entre os Países de Língua Portuguesa e a China

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