A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que enfrenta uma grave crise financeira, admitiu que deve haver uma readequação no quadro de funcionários. De acordo com o Sindicato dos Médicos, o corte de pessoal pode chegar a mais de mil pessoas.
Em nota, o hospital informou que a decisão faz parte do plano de reestruturação financeira, iniciado em setembro do ano passado, que também prevê a revisão de contratos com fornecedores.
“Por prezar a transparência e o respeito aos colaboradores, a entidade comunicará primeiramente os funcionários sobre qualquer decisão”, informou.
Todos os empregados da entidade estão com o décimo terceiro salário atrasado. De acordo com a assessoria de imprensa da Santa Casa, além disso, 6% dos funcionários (que recebem mais de R$ 6 mil por mês, cerca de 2.300 dólares) ainda não receberam o salário de novembro.
A Santa Casa é o maior centro de atendimento filantrópico da América Latina. Apenas o Pronto-Socorro atende a uma média de 1,2 mil pessoas por dia.
Uma auditoria divulgada em dezembro revelou que a crise financeira na instituição era maior que o anunciado anteriormente, chegando a R$ 773 milhões (cerca de 297 milhões de dólares).