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INSFRAESTRUTURAS PARA ESTIMULAR A ECONOMIA

 

O governo chinês aprovou esta semana uma série de projetos que fazem parte de um vasto plano de investimentos em infraestruturas públicas, na ordem 1,5 biliões de dólares, que deverá ser executado até 2016, disseram à Bloomberg fontes próximas do processo, que pediram para não ser identificados uma vez que não teve ainda lugar o anúncio público desse pacote de investimentos. A Comissão Nacional do Desenvolvimento e Reformas, que irá supervisionar os projetos, recusou comentar a notícia.

Segundo a agência, a estratégia demonstra a preocupação do primeiro-ministro Li Keqiang no que toca ao ritmo dos efeitos da promoção do consumoo interno, que  poderá não produzir efeitos sufucientes para garantir uma dinâmica de crescimento. O yuan voltou a valorizar-se durante esta semana, após dois dias de recuo circunstancial. Entreanto, o dólar Australiano – moeda de referência para a China, devido a seus embarques de minério de ferro e outras commodities usadas na construção – subiu também na sequência da valorização. “Faz parte dos esforços da China para estabilizar o crescimento, e aumentar a confiança dos mercados”, considera Julia Wang, economista do HSBC, em Hong Kong. “O investimento em infra-estruturas continuará a ser um dos principais motores para o crescimento económico da China”, conclui.

 

FINANCIAMENTO DO PROJETO

Os projetos serão financiados pelos governos centrais e locais, empresas estatais e empréstimos contraídos pelo setor privado, disseram ainda à Bloomberg as mesmas fontes. O investimento será distribuído por sete setores: petróleo, gás, saúde, energia limpa, transportes e mineração. O governo chinês estará ainda a estudar projetos noutras indústrias estratégicas, caso se revele necessário apoioar ainda mais o crescimento.

O jornal Economic Observer cita também um representante provincial da Comissão Nacional do Desenvolvimento e Reformas  referindo terem sido aprovados mais de 420 projetos em infraestruturas. Entretanto, só em investimentos ferroviários estão previstos para este ano investimentos na ordem dos  165 mil milhões de dólares, incluindo projetos que estavam previstos para os quatro anos anteriores mas que não foram executados.

A China procura assim formas de estimular o crescimento, sem contudo ultrapassar o teto da dívida total, que alguns analistas estimam ultrapassar já os 200% do Produto Interno Bruto. O Banco Central aumentou entretanto a liquidez no sistema bancário, tendo optado em novembro último por cortes nas taxas de juros.

“Não é um novo de 2008 “, afirma Zhao Xijun, professor de finanças, em Pequim, referindo-se ao pacote de estímulos que na época foi cerca de quatro vezes superior a este. “Quando lançou esse grande pacote de estímulo para lidar com a crise financeira global, a China queria apenas garantir um crescimento mais rápido; mas agora está concentrada em conseguir mais em qualidade, eficiência e sustentabilidade. “

Analistas do Deutsche Bank baixaram esta semana as projeções de crescimento na China, para 6,8 por cento, chamando à atenção para o “golpe duplo” do abrandamento no investimento imobiliário e um acentuado declínio na venda de terras por parte dos governos locais.

 

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