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MACAU REFORÇA LAÇOS COM UNIVERSIDADES LUSÓFONAS

 

O Gabinete de Apoio ao Ensino Superior (GAES) organizou este mês a deslocação a São Paulo e ao Rio de Janeiro de uma delegação com representantes das dez instituições locais, sendo que duas estão a avaliar projetos conjuntos com universidades brasileiras, disse ao Plataforma Macau o coordenador do organismo, Sou Chio Fai.

“Visitámos cinco universidades federais e privadas com o objetivo de explorar as oportunidades de cooperação e o resultado foi muito satisfatório, já que algumas universidades de Macau estão a iniciar cooperações com as universidades brasileiras”, explicou.

Ao salientar que há “universidades que já tinham celebrado protocolos de cooperação há anos, mas que só agora se começaram a implementar e concretizar”, Sou Chio Fai adiantou que a Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau “está a falar com a Universidade de São Paulo sobre a hipótese de colaborar em projetos de pesquisa científica na área da ciência espacial”. “E a Universidade de São José está a falar com a Universidade Cândido Mendes, uma instituição privada do Rio de Janeiro, para colaborar num projeto de desenho”, acrescentou.

O coordenador do GAES sublinhou que o organismo está a colaborar com as instituições de ensino superior locais para a “melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem do português em Macau”, nomeadamente no seio de um grupo de trabalho criado para o efeito e que procura também “explorar a oportunidade de cooperação com os países lusófonos”.

“Estamos a ver o que podemos fazer com os países lusófonos, por exemplo, para a formação de quadros bilingues (português-chinês), bem como a nível da cooperação com universidades e institutos de pesquisa científica da lusofonia para alguns projetos de estudos e procurar saber como podemos promover a relação comercial e económica entre a China e os países lusófonos”, apontou.

De acordo com Sou Chio Fai, as universidades de Macau são de pequena dimensão e, por isso, “é importante colaborarem para a promoção do ensino do português”. Neste campo, realça, o objetivo “é aumentar a qualidade e não a quantidade” de cursos em português, bem como “dos professores e do currículo do ensino da língua portuguesa”, a par da análise da “hipótese de intercâmbio dos alunos”. “São coisas que estamos a discutir para ver o que podemos fazer”, explicou.

Ao referir que o GAES já apoia financeiramente estágios e intercâmbios de alunos em instituições de ensino superior lusófonas, Sou Chio Fai defende a necessidade de se “reforçar esta área, porque alargar o horizonte dos alunos de Macau é muito importante, não só em termos linguísticos, mas também culturais”.

Quanto à qualidade atual do ensino superior em Macau, o coordenador do GAES indicou que “está a melhorar” e que Macau “não está mal” quando comparado com outras partes do mundo. “Estamos a criar um mecanismo de garantia da qualidade do ensino superior de Macau e estamos em condições de a partir do próximo ano iniciar alguns projetos-piloto (…), nomeadamente um tipo de revisão das instituições e acreditação de alguns programas”, concluiu.

 

Patrícia Neves

 

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