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O Mundial do Brasil arranca hoje, com os anfitriões a defrontarem a Croácia no jogo inaugural, mas mantêm-se as dúvidas sobre se a mais importante competição do mundo vai decorrer sob o signo do Carnaval ou dos protestos.
Nos últimos dias, à medida que as 32 seleções desembarcavam no Brasil e se aproximava o pontapé de saída, cresciam as dúvidas: sobre a condição dos estádios, o estado das estradas e a determinação dos manifestantes anti-Copa. E um novo fator se juntou: é cada vez menor o número de empresários que acredita numa contribuição do Mundial para a economia do país.
Segundo um estudo do Grant Thornton International Business Report (IBR) , o entusiasmo dos empresários brasileiros caiu de 80%, nos primeiro trimestre de 2012 para 33% no período homólogo de 2014. E apenas 11% dos líderes empresariais acredita num aumento do investimento em resultado da Copa (contra 23% em 2012). O mesmo estudo revela que a maioria dos empresários (52%) acha que o turismo vai ser o setor mais beneficiado com a competição.
“Esta deveria ser uma oportunidade para colocar o Brasil na ‘janela’ mas, contudo, os media internacionais desviaram a sua atenção para os atrasos na construção dos estádios e para os protestos contra o governo e contra a FIFA”, refere o relatório.
Numa outra direção, a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, defendeu na quarta-feira que o país está pronto “dentro e fora do campo” para acolher o Mundial de futebole rejeitou as críticas sobre os atrasos, gastos excessivos e caos nos preparativos.
“O Brasil venceu os principais obstáculos e está preparado para a Copa, dentro e fora do campo”, afirmou Dilma Rousseff, num discurso à nação transmitido pela rádio e pela televisão.
“Como se diz na linguagem do futebol: treino é treino, jogo é jogo. No jogo, que agora começa, os pessimistas já entram a perder. Foram derrotados pela capacidade de trabalho e a determinação do povo brasileiro, que não desiste nunca”, disse a chefe de Estado.
Os pessimistas “diziam que não teríamos Copa porque não teríamos estádios. Os estádios estão aí, prontos. Diziam que não teríamos Copa porque não teríamos aeroportos. Praticamente, dobramos a capacidade dos nossos aeroportos. Eles estão prontos para atender quem vier nos visitar; prontos para dar conforto a milhões de brasileiros”, sublinhou a Presidente brasileira.
Dilma Rousseff destacou ainda outros benefícios que o Mundial traz para a população.
“Construímos, ampliamos ou reformamos aeroportos, portos, avenidas, viadutos, pontes, vias de trânsito rápido e avançados sistemas de transporte público. Fizemos isso, em primeiro lugar, para os brasileiros”, sustentou, repetindo que aeroportos, linhas de metro ou estádios “não voltarão na mala dos turistas” estrangeiros.
“Ficarão aqui, beneficiando a todos nós. Uma Copa dura apenas um mês, os benefícios ficam para toda vida”, comentou.
A chefe de Estado brasileira aproveitou ainda para prometer uma fiscalização minuciosa às contas: “De uma coisa não tenham dúvida: as contas da Copa estão a ser analisadas minuciosamente pelos órgãos de fiscalização. Se ficar provada qualquer irregularidade, os responsáveis serão punidos com o máximo rigor”.
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